Mercado prevê mais inflação e menos crescimento em 2014,afirma pesquisa

Expectativa dos analistas para o IPCA deste ano subiu para 5,93%.

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Mais inflação e menos crescimento econômico. Essa é a previsão dos analistas do mercado financeiro, feita na semana passada, para o cenário de 2014, segundo o relatório de mercado, também conhecido como Focus, que é fruto de pesquisa conduzida pelo Banco Central com mais de 100 economistas de bancos. O documento foi divulgado nesta segunda-feira (17).

Para a inflação de 2014, a estimativa dos analistas passou de 5,89% para 5,93% na semana passada. Com isso, o mercado voltou a acreditar que a inflação terá aceleração neste ano, frente ao patamar registrado em 2013 (5,91%). Para 2015, a expectativa dos analistas para a inflação ficou estável, em 5,7%.

Pelo sistema que vigora no Brasil, o BC tem que calibrar os juros para atingir metas preestabelecidas, tendo por base o IPCA. Para 2013 e 2014, a inflação tem de ficar em 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Desse modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida.

Taxa de juros

Após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central ter subido, em janeiro, a taxa básica de juros da economia brasileira para 10,50% ao ano, o mercado manteve, na semana passada, a expectativa de que a Selic voltará a subir em fevereiro deste ano para 10,75% ao ano. Para o fechamento de 2014, a previsão dos analistas para a taxa de juros permaneceu em 11,25% ao ano e, para o final de 2015, ficou estável em 12% ao ano.

Crescimento do PIB

Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, a previsão dos economistas recuou de 1,90% para 1,79% na semana passada.

Foi a segunda queda consecutiva do indicador - que aconteceu na mesma semana em que o BC divulgou o IBC-Br (prévia do PIB) de 2013, que apontou para uma expansão de 2,5% - com possibilidade de "recessão técnica" no fim do ano passado.

O crescimento previsto para 2014 é menos da metade do estimado no orçamento para o próximo ano ? de 3,8%. Para 2015, a perspectiva de expansão da economia brasileira recuou de 2,20% para 2,10%.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz.

Câmbio, balança comercial e investimentos estrangeiros

Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2014 subiu de R$ 2,47 para R$ 2,48 por dólar. Para o fechamento de 2015, a estimativa dos analistas dos bancos para o dólar subiu de R$ 2,53 para R$ 2,55.

A projeção dos economistas do mercado financeiro para o superávit da balança comercial (exportações menos importações) em 2014 caiu de US$ 8 bilhões para US$ 7,9 bilhões na semana passada. Para 2015, a previsão de superávit comercial recuou de US$ 13 bilhões para US$ 11,5 bilhões.

Para 2013, a projeção de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil subiu de US$ 57,5 bilhões para US$ 58 bilhões. Para 2015, a estimativa dos analistas para o aporte de investimentos estrangeiros passou de US$ 58 bilhões para US$ 57,3 bilhões na última semana.

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