Economistas consultados pelo Banco Central revisaram para cima suas previsões para a inflação e já esperam que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) fique em 4,50% em 2010, exatamente o centro da meta perseguida pelo Banco Central. De acordo com a pesquisa Focus, feita na última semana e divulgada nesta segunda-feira pelo BC, é o segundo aumento consecutivo feito pelo mercado para a inflação oficial no ano que vem.
Para o fim deste ano, a projeção passou de 4,30% para 4,29%. Os economistas melhoraram suas previsões para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) para este ano, passando de 0,12% para 0,18%. Para 2010, foi mantida a estimativa da semana passada de crescimento de 4,80% da economia brasileira.
O mercado manteve ainda as projeções feitas anteriormente para a taxa básica de juros (Selic). Após o Copom (Conselho de Política Monetária) manter na semana passada os juros em 8,75%, os economistas apostam que a Selic fechará o ano neste patamar o conselho se reúne uma vez mais em 2009 em dezembro. Para 2010, a expectativa é que os juros encerrem o ano em 10,50%. Mais inflação A previsão do mercado para o IGP-DI melhorou, passando de queda de 0,29% para redução de 0,41%.
Para o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), a previsão passou de - 0,60% para - 0,65%. Os dois indicadores são usados no cálculo dos reajustes de contratos e preços administrados, entre eles, contas de luz e aluguéis. A previsão para o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômica), caiu de 4,02% para 3,99%.
Para 2010, as previsões para os IGPs ficaram em 4,5% e para o IPC-Fipe em 4,40%. Outros indicadores O mercado prevê o dólar em R$ 1,70 para o fim de 2009, mesma previsão feita anteriormente. Para 2010, a projeção foi mantida em R$ 1,75. A previsão para o superavit da balança comercial passou para US$ 25,85 bilhões (contra US$ 25,65 na semana anterior) e para o deficit nas transações correntes aumentou para US$ 16,80 bilhões (contra US$ 16,40 bilhões).
A estimativa para os investimentos estrangeiros diretos ficou em US$ 25 bilhões e a relação dívida/PIB foi de 43,95%.