Os mercados de capitais globais, que amanheceram nesta sexta-feira em forte queda, fecharam a semana em ritmo bem mais ameno, ap?s uma a??o coordenada dos principais bancos centrais do planeta. Somente as autoridades monet?rias dos EUA e da Europa abriram mais de US$ 100 bilh?es aos respectivos sistemas financeiros para fazer frente ? crise de cr?dito.
No Brasil, o Ibovespa, principal indicador da Bovespa (Bolsa de Valores de S?o Paulo), finalizou a sexta em queda de 1,48%, aos 52.638 pontos. Em seu pior momento, o ?ndice de a?es amargou perdas de 3,27%. O volume financeiro de hoje mostrou a corrida dos investidores: R$ 5,25 bilh?es, bem acima da m?dia di?ria dos ?ltimos meses (cerca de R$ 3,5 bi).
Nos Estados Unidos, a Bolsa de Nova York fechou em baixa modesta de 0,23%. O S&P 500 conseguiu reverter e encerrar em leva alta de 0,04%, em 1.453,64 pontos.
O d?lar comercial foi negociado a R$ 1,951 para venda, n?mero 1,29% superior ao fechamento de ontem, em sua maior cota??o dos ?ltimos 40 dias. No dia, por?m, a cota??o chegou a subir 2,28%.
O risco-pa?s, medido pelo indicador Embi+, marcava 185 pontos no final desta tarde, um decr?scimo de 1%, ap?s ter disparado quase 9% nos momentos de maior nervosismo.
"Na verdade, ningu?m sabe ainda a extens?o desses problemas no mercado de cr?dito imobili?rio sobre a economia americana, e eventualmente, sobre a economia global", afirmou Felipe Cunha, analista da corretora Brascan.
Para alguns analistas, a turbul?ncia n?o acabou, mas no m?dio prazo a expectativa ? mais positiva. "Os mercados devem permanecer extremamente vol?teis no curto prazo e, portanto, recomendamos cautela", afirma por sua vez o analista Andr? Segadilha, da corretora Prosper. "No m?dio prazo, os fundamentos [econ?micos] devem voltar a imperar", afirma a economista-chefe do banco Fibra, Maristella Ansanelli.