Mercado do turismo interno ascende para empreendedores no Piauí

O setor apresenta diversas oportunidades econômicas para o Piauí e dispõe de locais atrativos servindo de rota para pessoas de todo o país

turismo | divulgação
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Ainda no mês do aniversário de Teresina, diversos viajantes permanecem na cidade em busca de lazer e diversão. Aproveitando a movimentação, empreendedores piauienses apostam em negócios voltados ao turismo e exploram o potencial de pontos importantes da região.

O segmento foi afetado pela pandemia da Covid-19, mas alguns empreendedores conseguiram superar esse período e diversificar seu trabalho. A exemplo, o agente de viagens Édson Ribeiro, que durante o isolamento social, em 2020, obteve clientes à procura de passagens aéreas com um preço mais atrativo. Logo após, viu o turismo piauiense como porta aberta para novas possibilidades de geração de renda.

Turismo local cresce após período de restrições - Foto: Divulgação

“Foram dois meses tristes, fevereiro e março de 2020. Em abril o negócio começou a rodar, as pessoas começaram a entrar em contato para saber se tinha passagem, pois os voos estavam muito difíceis, eu estava conseguindo e comecei a focar nas passagens”, explicou.

O setor apresenta diversas oportunidades econômicas para o Piauí e dispõe de locais atrativos servindo de rota para pessoas de todo o país. Dessa forma, o profissional na área do turismo prioriza o estudo e pesquisa, organizando planos de passeios com o forte na natureza do estado.

“Em janeiro comecei o projeto, era o que queria no começo, 'vender o Piauí'. Hoje, sou guia credenciado, faço o city tour em Teresina e aqui na região eu sempre estou disponibilizando passeios com uma pegada de ecoturismo, voltado a quem quer um pouco mais de emoção ou lugares inexplorados como Sete Cidades, Cocal, Castelo do Piauí ou Pedro II”, frisou.

Pontos turísticos são destinos indispensáveis

Na capital, os turistas possuem destinos que são indispensáveis no passeio. Entre os principais estão o Mirante da Ponte Estaiada, Central de Artesanato Mestre Dezinho, Praça Pedro II, Marco zero da cidade, na Praça da Bandeira, Mercado Velho, Troca-troca e o Encontro dos Rios.

O preço médio do passeio city tour custa de R$ 250,00 a R$ 280,00 por pessoa, dependendo da rota e quantidade de turistas, com duração média de 4 horas. Édson trabalha com grupos de até 5 pessoas, quantidade relativa ao transporte. As atividades mais procuradas são o rapel/pêndulo na Ponte Estaiada e o passeio de canoa pelo rio Parnaíba.

Rapel na ponte Estaiada tem bastante procura por turistas e moradores em Teresina

Todo empreendimento conta com desafios, assim como o turismo em meses menos movimentados. O guia de turismo entende que a área mostra seus balanços em diferentes períodos do ano, mas que se deve ficar atento.

“A dificuldade que vejo nesse segmento é das pessoas não conhecerem muito o que fazer, e saber lidar com sazonalidade. Quem trabalha com turismo possui épocas sazonais, algumas se trabalha muito, outras não”, pontuou.

Édson destaca que o turismo a nível estadual e municipal ainda engatinha, mas o potencial se revela expressivo. Grande parte dessa deficiência está ligada a falta de informação sobre a região e o desafio de usar as plataformas e redes sociais a favor da visibilidade dos vários pontos turísticos existentes.

“Nosso potencial é muito grande para a demanda que atendemos. Umas das coisas que prejudica mais é a falta de informações, pois nosso cliente pesquisa tudo, então ele não vem pelo Instagram ou Facebook, ele vem exclusivamente pelo Google”, relatou.

Grande potencial de crescimento

Atualmente, o empreendedor também trabalha com a consultoria para viajantes que acumulam milhas e desejam embarcar em novas viagens usando essa vantagem. Édson mantém seu negócio alinhado às redes sociais e ao Google, onde consegue administrar o fluxo de pesquisa dos seus possíveis clientes.

Guias caracterizam o Nordeste como a potência essencial para o turismo, e o Piauí não se difere nessa questão. De acordo com a guia de turismo, Jaqueline Nobre, o cenário atual do mercado turístico de Teresina e do Estado apresenta uma ascensão para os profissionais equivalente ao seu potencial.

“O que temos visto atualmente é que depois de dois anos fechados, em isolamento, a tendência é buscar um turismo ambiental, em áreas abertas, ao ar livre para que a gente possa curtir mais as belezas naturais. Precisamos apostar e acreditar que apesar de não sermos uma região com mar, nós temos muitas belezas para contemplar, apreciar, curtir e aproveitar”, esclareceu.

Dessa forma, percebe-se que os empreendedores do segmento conseguem avaliar a localidade rica em pontos turísticos que devem ser explorados, com negócios que auxiliem na visibilidade e aproveitamento da cultura e natureza. O Piauí e Teresina seguem no norte das rotas dos viajantes com oportunidades econômicas e diversas criações de empresas voltadas ao turismo. 

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