mercado de cartões de crédito, débito e de rede e loja no país faturou R$ 670 bilhões no ano passado, um aumento de 24% no resultado, segundo divulgou nesta quarta-feira (21) a Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços). No total, foram 8,3 bilhões de transações, aumento de 18%.
O número de transações com cartões de débito se igualou ao de cartões de crédito, com 3,4 bilhões em cada modalidade, e deve superá-lo neste ano, diz a associação. A Abecs também espera que o mercado cresça 20% esse ano, alcançando R$ 805,5 bilhões.
De acordo com dados da entidade, os cartões respondem por 26,8% do consumo privado no país. As razões apontadas pela associação são a inclusão financeira e o maior acesso das classes C, D e E aos meios eletrônicos de pagamento e o momento favorável da economia.
As diferentes modalidades de cartão tiveram crescimento semelhante em relação a 2010. O crédito movimentou a maior quantia, R$ 386 bilhões, com crescimento de 23%; o débito respondeu por R$ 199,8 bilhões em transações, com alta de 25%; e os cartões de rede e loja por R$ 84,2 bilhões, crescimento de 23%. Em número de transações, o maior crescimento foi nos cartões de débito, com alta de 20%. O crédito cresceu 16% e os cartões de rede e loja, 15%.
Circulavam no país no fim do ano passado 687 milhões de unidades de plásticos, crescimento de 9% em relação a 2010. Por modalidade, haviam 173,2 milhões de cartões de crédito (13% de crescimento), 266,3 milhões de cartões de débito (7%) e 247,4 milhões de cartões de rede/loja (10%). Houve também leve incremento no tíquete médio das operações, de 5%.
O valor total de compras feitas com cartões em outros países foi de R$ 21,2 bilhões em 2011, o que representa crescimento de 19% em relação a 2010. O resultado pode ser atribuído à valorização da moeda nacional em relação ao dólar e ao aumento do poder aquisitivo do brasileiro, que tem viajado mais ao exterior, informou a Abecs.
Por região e ramo de atividade
Considerado por região, a região Centro-Oeste foi a que mais cresceu em faturamento, com 27% ? destaque para Goiânia (29%), Campo Grande (27%) e as cidades do interior (34%). A representatividade do faturamento de cada região é a seguinte: Sudeste com 64%, Sul com 13%, Nordeste com 12%, Centro-Oeste com 8% e Norte com 3%.