Mercado baixa estimativa de alta do PIB deste ano para 1,07% no Brasil

Esta foi a 6ª semana seguida de queda na previsão de crescimento

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O mercado financeiro baixou novamente, na semana passada, sua estimativa de crescimento da economia brasileira neste ano. Segundo o boletim Focus, do Banco Central, a estimativa dos analistas para o PIB recuou de 1,10% para 1,07%. Foi a sexta semana consecutiva de queda neste indicador. Para 2015, a previsão de alta do PIB ficou estável em 1,5%.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o crescimento da economia.

No fim de maio, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a economia do país registrou expansão de 0,2% nos três primeiros meses de 2014, em relação ao quarto trimestre de 2013, com destaque para o bom desempenho da agropecuária.

O aumento do PIB do país previsto para 2014 pelo mercado financeiro continua abaixo do estimado no orçamento federal, de 2,5%, e também menor que a previsão divulgada pelo Banco Central na semana passada, de alta de 1,6%.

Inflação

Os economistas dos bancos também mantiveram, na semana passada, em 6,46% sua previsão para 2014 do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país e calculado pelo IBGE.

Com isso, o valor permanece próximo do teto de 6,5% do sistema de metas de inflação para o ano. A previsão chegou a ultrapassar o teto em abril, mas depois recuou. Para 2015, a expectativa do mercado para o IPCA permaneceu estável em 6,10% na semana passada.

Pelo sistema que vigora atualmente no Brasil, a meta central tanto para 2014 quanto para 2015 é de 4,5%. Entretanto, há um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Desse modo, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta da autoridade monetária seja formalmente descumprida.

Taxa de juros

A previsão do mercado financeiro para a taxa básica de juros (Selic) da economia brasileira, por sua vez, foi mantida em 11% ao ano até o fechamento de 2014.

No fim de maio, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central interrompeu um ciclo de nove altas consecutivas ao longo de 13 meses, mantendo a taxa em 11% ao ano. Para o fim de 2015, a previsão dos analistas para o juro básico da economia permaneceu em 12% ao ano.

Câmbio, balança comercial e investimentos estrangeiros

Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2014 permaneceu em R$ 2,40 por dólar. Para o término de 2015, a previsão dos analistas para a taxa de câmbio ficou estável em R$ 2,50 por dólar.

A projeção para o superávit da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2014 subiu de US$ 2 bilhões para US$ 2,7 bilhões na semana passada. Para 2015, a previsão de superávit comercial permaneceu em US$ 9,9 bilhões.

Para este ano, a projeção de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil permaneceu em US$ 60 bilhões. Para 2015, a estimativa dos analistas para o aporte de investimentos estrangeiros recuou de US$ 55,6 bilhões para US$ 55 bilhões.

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