Mensagem falsa sobre confisco de poupança circula no WhatsApp, e Ministério da Fazenda nega boato

A polícia alerta que mensagens falsas que alarmem a população são ilegais e podem ser enquadradas em artigo penal que prevê multa e prisão de até três meses

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Um áudio sobre um suposto confisco da poupança pelo governo circula no WhatsApp e vem intrigando muita gente. No áudio, cuja autoria é desconhecida, uma mulher avisa que na "próxima quarta-feira, dia 18" , haveria um "golpe de Estado". Da mesma forma que o ex-presidente Fernando Collor, Dilma Rousseff retiraria o dinheiro da poupança de todos os brasileiros, segundo a mensagem.


O "recado" seria para alguém que receberia no próximo dia 15 e que, para não sofrer o golpe, deveria retirar todo o dinheiro da conta. "Avisa aí o pessoal (...) que todo mundo saca dinheiro no dia 18. Se quiser, passa pra frente." A mulher ainda explica de onde teria vindo o boato:

"O gerente do banco aqui nos Estados Unidos, que é irmão de um deputado aí no Brasil, advertiu a nossa chefe aqui. (...) A Lisandra tem contas no Brasil e a ordem é tirar tudo. Ela tá tirando tudo, então, eu não vou pagar pra ver. Tem pouco e ainda tira né? Eu vou tirar. Vou deixar minha conta negativa."

Em nota oficial divulgada em fevereiro, o Ministério da Fazenda esclareceu que são falsas as informações circulando de que haveria o risco de confisco da poupança ou de outras aplicações financeiras. Vale ressaltar que, em fevereiro, o dia 18 também caiu numa quarta-feira.

"Tais informações são totalmente desprovidas de fundamento, não se conformando com a política econômica de transparência e a valorização do aumento da taxa de poupança de nossa sociedade, promovida pelo governo, por meio do Ministério da Fazenda."

A polícia alerta que mensagens falsas que alarmem a população são ilegais e podem ser enquadradas em artigo penal que prevê multa e prisão de até três meses.

Além de crime, a mensagem falsa também poderia causar uma crise ainda maior na economia brasileira. Isso porque, se todos as pessoas retirassem seus investimentos, todos os bancos quebrariam, já que qualquer instituição bancária utiliza o dinheiro investido na caderneta de poupança da população para conceder créditos ou em outras transações financeiras.

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