O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, avaliou nesta ter?a-feira, em Bras?lia, que as ag?ncias de classifica??o de risco passam por um momento mais cauteloso, o que n?o deve impedir o Brasil de atingir o grau de investimento em at? dois anos.
"As ag?ncias de rating est?o sujeitas a um certo questionamento (por problemas no setor de hipotecas dos Estados Unidos) e, portanto, est?o particularmente cuidadosas", disse em depoimento ? Comiss?o de Assuntos Econ?micos (CAE) do Senado.
"De qualquer maneira, Brasil teve upgrade no meio da turbul?ncia. Creio que o Brasil est? caminhando para o "investment grade" num prazo n?o muito longo... mas perto de um a dois anos do que de oito a dez anos."
Meirelles afirmou que ainda h? fatores de incerteza externa decorrentes dos problemas originados no mercado de cr?dito hipotec?rio de alto risco dos EUA, como a exposi??o de bancos europeus a essas opera?es. Ele reafirmou, no entanto, que o Brasil n?o enfrentou problemas de liquidez.
O presidente do BC apresentou ? CAE dados mostrando que no Brasil a volatilidade do risco-pa?s, do c?mbio e da percep??o de risco de cr?dito foi, em geral, menor que nos pa?ses latinos emergentes e em algumas outras economias fora da regi?o.
Para o presidente do BC, a maior resist?ncia do Brasil a choques ? reflexo da melhora dos fundamentos econ?micos. Ele destacou o fato de a infla??o ficar consistentemente dentro da meta, o aumento das reservas internacionais e a redu??o da d?vida externa e da d?vida cambial.