De acordo com especialistas, 2015 será um ano difícil para o bolso dos brasileiros. A todo momento se ouvem comentários sobre inflação e os preços nas alturas. Para evitar encerrar os próximos dez meses no vermelho, o recomendável é não fazer gastos desnecessários, ficar longe de dívidas e poupar o máximo possível.
O Jornal Meio Norte traz hoje uma série de dicas para poupar dinheiro. De acordo com o economista Maurício Costa, é preciso considerar de onde estão vindo os altos preços para conseguir economizar na hora das compras.
A alta do dólar por questões nacionais e internacionais, o aumento dos impostos, que encareceu a gasolina, o período chuvoso que atrasou bastante, o que prejudica a disponibilidade de água e energia, tudo influencia nos preços.
Como consumidores, a economia pode ser feita a partir de escolhas. No supermercado, pode-se trocar a carne de boi pelo frango, a marca importada por uma nacional.
As prateleiras têm opções variadas, com vários níveis de preço e qualidade, onde se pode sempre cortar algum luxo se o objetivo é economizar. “Dá para economizar gasolina usando menos o ar-condicionado ou energia em casa também. Se o momento não é bom, é preciso que cada um olhe seus gastos e veja o que é ou não supérfluo”, explica o economista.
Mas, antes de tudo, o ideal é anotar todas as despesas, fixas e variáveis, em um caderno ou em uma planilha no computador. Sabendo onde cada um gasta mais dinheiro, dá para eleger prioridades no consumo. Por exemplo, sai mais barato comer e beber em casa do que em restaurantes.
Pode-se trocar as lâmpadas por outras mais econômicas, ou o ar-condicionado por um split. Outra dica do economista é que, sempre que possível, faça o depósito do 13º e as férias na poupança em vez de gastar, ou que esse dinheiro seja usado para se livrar daquelas dívidas que se renovam todo mês. Assim, cada um fica menos vulnerável ao vai e vem da economia.
Com todas as contas no papel, o importante é evitar gastos desnecessários e ficar longe de dívidas. “É desanimador para qualquer um receber o salário apenas para pagar o cartão de crédito, o crediário, o cheque especial.
Então, a melhor forma é evitar que essas dívidas se formem e sempre guardar uma porcentagem da renda como poupança para emergências, ou para comprar aquela TV ou aquele carro novo que se sonha”, explica o economista.
Outro ponto relevante em relação à educação financeira, é ensinar as crianças o valor do dinheiro, e a importância de poupá-lo para o futuro, com um cofrinho, administrar uma mesada. Hoje em dia existem algumas formas tecnológicas, com cartões de mesada recarregáveis pelos pais que funcionam como cartão de débito.
Mas é preciso também praticar a disciplina, criar o costume de economizar e de analisar os próprios gastos. “O impulso para consumir é sempre maior que o de poupar, mas só com paciência e determinação é possível ter uma vida financeira saudável até em tempos de crise”, aconselha Maurício Costa.