A primeira reunião da presidente Dilma Rousseff com todos os ministros de seu governo começou, nesta segunda-feira (23), com uma perspectiva da equipe econômica para o Brasil em 2012. Segundo informou o porta-voz da Presidência, Thomas Traumann, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, estabeleceu como meta um crescimento médio do Produtor Interno Bruto (PIB) acima de 4% neste ano.
Segundo estimativas, o PIB de 2011 cresceu cerca de 3%. Na mesma reunião, ao explicar a situação da economia mundial, afetada pela crise na zona do euro, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini afirmou que o "crescimento do PIB deve se acelerar ao longo do ano de 2012, sobretudo no segundo semestre".
A expectativa, segundo Tombini, é de que a inflação siga em escala "descendente". No ano passado, os preços subiram 6,5%, teto da meta, segundo medição do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Em sua exposição, Mantega apresentou cinco condições consideradas fundamentais para o crescimento e desenvolvimento sustentável do país. Elencou a forte geração de emprego; a distribuição de renda e diminuição da probreza; a criação de oportunidades regionais, especialmente em educação e saúde; e a criação de mercado de massas.
"Ele [Mantega] ressaltou a importância da confiança que os invetsidores têm no país. Em isso, na avaliação dele [Mantega] é uma prova de que o ciclo econômico que estamos vivendo nestes dias vai seguir", afirmou o porta-voz.
Ainda de acordo com Traumann, em nenhum momento os ministros ligados à área econômica falaram em possíveis cortes no Orçamento de 2012, que prevê as receitas e despesas do governo em 2012. "Não se falou em contigenciamento, não se falou em cortes", afirmou.