O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quarta-feira (30) que "não há data" para o aumento da gasolina e, também, que "não há metodologia definida" sobre a nova sistemática de reajuste do preço da gasolina.
"É uma coisa séria e importante e não pode ser feita rapidamente de afogadilho", disse Mantega, referindo-se à nova metodologia.
Na segunda-feira (28), a Petrobras confirmou que pretende fazer mudanças na metodologia para ter reajustes automáticos e periódicos dos combustíveis, conforme a necessidade de alinhamento com os valores praticados no mercado internacional.
A metodologia está sob análise de Mantega e demais membros do conselho da estatal, e deverá ser aprovada ou rejeitada até 22 de novembro, quando está prevista a próxima reunião dos conselheiros.
A proposta de uma nova fórmula causou desconforto entre a estatal e o Ministério da Fazenda, segundo a Folha.
Em comunicado divulgado nesta quarta (30), a Petrobras reafirmou que a metodologia foi aprovada pela diretoria e apresentada ao Conselho de Administração, que pediu estudos adicionais, em elaboração.
Atualmente, a estatal importa combustível mais caro do que vende, o que tem causado um rombo em suas contas. Um aumento no preço da gasolina e do diesel vem sendo discutido com o governo, mas ainda não há previsão de quando irá ocorrer.
Se for aprovada, a metodologia permitirá reajustes automáticos conforme as periodicidade determinada pela nova fórmula e a variação de preços de petróleo e derivados no mercado internacional. Os reajustes, dessa forma, não vão demandar aprovação de diretoria para serem realizados, disse a Petrobras.