O ministro Guido Mantega afirmou nesta sexta-feira que as medidas tomadas pelo governo como forma de incentivo ao consumo devem terminar neste ano, conforme o previsto. Com isso, fica descartada a possibilidade de prorrogação do desconto no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).
"Vamos manter as datas que foram estabelecidas porque nosso objetivo, quando reduzimos o IPI, era dar impulso à economia. Quando a economia retorna ao crescimento, ganha velocidade, não é preciso continuar com certos estímulos", disse o ministro, em São Paulo, em coletiva sobre o crescimento do PIB. Mantega ressaltou, no entanto, que os "estímulos monetários" vão permanecer, destacando o papel do Banco do Brasil, que "vai continuar baixando as taxas de juros e aumentando o volume de crédito".
Os fundos garantidores, que viabilizam o crédito para as micro e pequenas empresas, também serão mantidos. Segundo o ministro, uma das vantagens do Brasil, em relação ao desempenho de outros países diante da crise, é ter um mercado interno forte. "Não houve retração do consumo em nenhum momento. Houve desaceleração", afirmou. A redução do IPI foi aplicada para veículos novos e, depois de algumas prorrogações, subirá gradualmente a partir do próximo mês.
Também houve prorrogação do IPI reduzido para caminhões, eletrodomésticos e materiais de construção. Trigo, farinha, pão francês e bens de capital também foram beneficiados. Para a linha branca, cuja medida acabaria em julho, a isenção de IPI valerá até outubro. Para caminhões e materiais de construção, o imposto menor vigora até o fim do ano.