O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quinta-feira (11) que o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no ano de 2009 foi "razoável" quando se leva em conta que foi um ano de crise internacional.
"Foi a maior crise do capitalismo dos últimos 80 anos. Isso mostra que passamos bem pela crise. Podemos dizer que a economia já deixou a crise para trás", afirmou ele, acrescentando que, com o crescimento registrado no fim do ano passado, o Brasil fechou 2009 com "chave de ouro".
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a economia brasileira teve contração de 0,2% em 2009, pior resultado desde 1992, quando houve recuo de 0,5%. No último trimestre de 2009, houve crescimento de 2% sobre os três meses anteriores.
A indústria puxou o resultado do PIB no fim do ano, após forte contração no primeiro semestre. "Isso mostra que houve uma plena retomada dos investimentos e, particularmente, no último trimestre do ano passado. Aquele vigor que a economia tinha em termos de investimentos foi plenamente retomado. É um crescimento econômico com qualidade", ressaltou.
Segundo o ministro da Fazenda, as medidas de estímulo à economia que o governo tomou, como redução de tributos e, também, da taxa de juros, foram "muito eficazes". "A economia não precisa desses empurrões do governo", acrescentou.
Crescimento em 2010
Para o ministro, é possível que o crescimento da economia brasileira fique perto de 6% neste ano. "Vamos ter um crescimento superior a 5,7% em 2010", disse o ministro a jornalistas, afirmando logo deopis que qualquer número próximo de 5,5% pode ser considerado muito positivo.
Ajudado pela aceleração da economia brasileira registrada no fim do ano passado. "Começamos 2010 com efeito do 2009 de 2,7%. Isso significa que, no mínimo, o crescimento seria de 2,7% [em 2010] só pelo efeito que recebe no ano de 2009. Como ela [economia] não está parada, vamos ter um crescimento superior a 5,7% em 2010."
Ele lembrou, no entanto, que a previsão oficial do Ministério da Fazenda para o PIB de 2010 continua, por enquanto, em 5,2%. Ele disse que, em face aos bons números do PIB de 2009, essa previsão pode ser revisada para 5,5%. "Não há previsão absoluta. É muito difícil acertar uma previsão", disse.