Mais rico do país, Eike Batista, controlador do grupo EBX, quer participar do processo de privatização do Maracanã, tradicional e histórico estádio localizado na Zona Norte do Rio, que o governo do estado pretende deflagrar provavelmente depois da Copa do Mundo de 2014.
Em entrevista ao jornal Brasil Econômico, o ex-marido de Luma de Oliveira revela que a intenção é formar um consórcio que também reúna empresas de construção civil, mas que não contaria, em princípio, com os clubes de futebol. Objetivo do governador Sérgio Cabral desde o primeiro mandato, a concessão do Maracanã para a iniciativa privada saiu do noticiário depois da escolha do Brasil como sede da próxima Copa do Mundo. Com a necessidade de adaptar o estádio para o evento, e sem tempo hábil para iniciar o processo de concessão, o governo fluminense suspendeu a privatização.
Em maio, porém, Cabral reafirmou o interesse na concessão do estádio, que estaria vinculada a uma série de exigências, como investimentos em melhorias e manutenção do equipamento.
À espera da oportunidade, o homem mais rico do Brasil -- e oitavo do mundo, de acordo com o ranking da revista Forbes -- revela a intenção de não só disputar a concessão do Maracanã, mas também investir na construção de novas arenas esportivas em todo o Brasil. Uma vez construídos, ou sob concessão, os estádios seriam transformados em algo mais do que simples equipamentos esportivos. O objetivo é torná-los em verdadeiros complexos de entretenimento e lazer, que incluiriam a arena esportiva, shoppings e centros de gastronomia.
O investimento se daria por meio da IMX, empresa criada no fim do ano passado a partir da associação com a americana IMG Worldwide, do americano -- também bilionário - Ted Forstmann. O negócio, de acordo com Eike, tornou-se possível a partir da amizade entre os dois. Ambos detêm o controle da IMX em partes iguais (50% a 50%).