No Brasil, quando um banco entra em s?rias dificuldades financeiras, como ocorreu nos EUA com o Lehman Brothers, o caminho ? geralmente definitivo: as portas s?o fechadas e a institui??o n?o volta mais ao mercado.
Segundo o Banco Central, a lei brasileira manda que uma institui??o em dificuldades sofra interven??o e posterior liquida??o, encerrando suas atividades. Hoje, segundo o BC, 12 institui?es est?o nessa situa??o no pa?s.
Depois da interven??o, que pode durar at? um ano, inicia-se a liquida??o extrajudicial ? que ? o passo anterior ? fal?ncia. Entretanto, esse processo n?o costuma ser r?pido. Tanto que algumas das institui?es em processo de liquida??o do BC remetem a marcas que desapareceram h? mais de uma d?cada.
Os bancos Econ?mico, Nacional e Bamerindus, que sa?ram do mercado entre 1995 e 1997, na verdade n?o deixaram de existir, apesar de terem fechado as portas h? mais de uma d?cada.
Nos tr?s casos, um interventor nomeado pelo BC - geralmente um funcion?rio da autoridade monet?ria - coordena a venda dos bens dessas institui?es a fim de tentar recuperar o dinheiro que o governo federal investiu para garantir os dep?sitos dos clientes dessas institui?es.
Preju?zo
Econ?mico, Nacional e Bamerindus foram institui?es beneficiadas pelo programa de socorro dos bancos criado pelo governo nos anos 90, o Proer.
Em valores n?o corrigidos, informa o Banco Central, o Bamerindus recebeu R$ 3,2 bilh?es, o Econ?mico precisou de R$ 5,2 bilh?es e o Nacional, de R$ 5,8 bilh?es.
Segundo dados do BC, o dinheiro recuperado com a liquida??o dos bens desses bancos n?o foi suficiente para cobrir os custos da ajuda oferecida. Conforme a assessoria de imprensa do Banco Central, a conta do Proer ? negativa em cerca de R$ 35 bilh?es, considerado o ?ltimo balan?o da institui??o.
Segundo a legisla??o que rege o setor (Lei 6.024, de 1974), problemas econ?mico-financeiros, especialmente aqueles que impe?am que a institui??o satisfa?a seus compromissos com pontualidade, podem levar ? liquida??o extrajudicial.