A pesquisa de taxas de juros e cheque especial feita pelo Procon-SP apontou nova queda na taxa média de juros do empréstimo pessoal em outubro, em relação à setembro, de 0,06 ponto percentual. A taxa média do empréstimo pessoal ficou em 5,21% ao mês, a menor desde outubro de 2004, quando registrou 5,19%.
Em relação ao cheque especial não houve alterações em relação ao mês passado, se mantendo a mesma, 8,79% ao mês, desde agosto, após oito meses de queda. O levantamento envolveu dez instituições financeiras: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Nossa Caixa, Real, Safra, Santander e Unibanco.
Alterações
Dos dez bancos pesquisados, apenas três instituições alteraram suas taxas de empréstimo pessoal: Santander e Bradesco reduziram e Real aumentou. Os demais bancos mantiveram suas taxas de empréstimo pessoal e nenhum banco da amostra alterou sua taxa de cheque especial.
A pesquisa considerando prazo de 12 meses, já que todos os bancos pesquisados trabalham com este prazo. Na última reunião de 2 de setembro, o Copom (Comitê de Política Monetária), decidiu pela manutenção da taxa Selic em 8,75%. Desde janeiro, quando a Selic estava em 13,75% ao ano, a taxa perdeu 5 pontos percentuais. "Após cinco quedas seguidas, o Banco Central optou pela estabilidade por entender que esse patamar assegura a manutenção da inflação na trajetória de metas", informa a pesquisa. "Essa cautela está baseada na incerteza quanto à reação da economia aos cortes já realizados.
O mercado prevê que a estabilidade se mantenha para os próximos meses, não havendo previsão de novos cortes no curto prazo". Para o Procon, embora exista correlação entre os movimentos da taxa Selic e os movimentos das taxas cobradas do tomador de crédito, os juros ainda não responderam proporcionalmente à queda da taxa básica. "A concorrência vem aumentando, puxada pelos bancos públicos, mas o consumidor continua pagando caro pelo dinheiro".
A entidade também alerta para os cuidados que os consumidores devem tomar. "Empréstimos só devem ser tomados em caso de necessidade, de modo que não se transformem em armadilha para quem já está com o orçamento apertado. O cheque especial, por exemplo, é extremamente atraente por estar disponível na conta e poder ser utilizado a qualquer momento, no entanto suas taxas são muito altas e podem comprometer seriamente o orçamento quando o limite é "incorporado" ao salário", afirmou.