Dados divulgados nesta quinta-feira (8) pelo governo federal informam que, do total de R$ 635 bilhões previstos para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), R$ 338,4 bilhões em investimentos foram "realizados" de janeiro de 2007 até agosto deste ano, o equivalente a 53,6% do previsto.
Do valor total gasto de R$ 338,4 bilhões até agosto deste ano, segundo informações da Casa Civil da Presidência da República, R$ 107,1 bilhões em investimentos foram feitos pelas empresas estatais. Com recursos do orçamento da União, as despesas somaram R$ 28,2 bilhões. O setor privado, por sua vez, gastou outros R$ 83,6 bilhões. Segundo o governo, os financiamentos ao setor público totalizaram R$ 5,7 bilhões e os empréstimos às pessoas físicas (o que inclui financiamentos habitacionais) totalizaram R$ 113,8 bilhões.
Ritmo de execução Isso significa que, para cumprir o PAC, o governo, em conjunto com as estatais e com o setor privado, terão de gastar o restante dos R$ 635 bilhões programados (equivalentes R$ 296,6 bilhões) até o final de 2010, ou seja, em 16 meses. O valor já gasto ate o momento, de R$ 338,4 bilhões, foi feito em 31 meses.
Deste modo, o governo terá de praticamente dobrar o ritmo de execução do PAC para conseguir cumprí-lo conforme o programado inicialmente. Caso não consiga fazê-lo, terá de contar com o aval do próximo governo para terminar o programa. A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, destacou, porém, a importância de os gastos do PAC terem somado R$ 338 bilhões até agosto deste ano. "Sabemos da dificuldade que se tinha para obtenção de crédito de longo prazo.
O PAC, sem crédito de longo prazo, não se sustenta. As empresas privadas precisam de uma estrutura de financiamento", disse ela. Obras concluídas Segundo dados da Casa Civil, entretanto, do valor total de R$ 635 bilhões do PAC, somente 208,9 bilhões em obras já foram concluídas até agosto deste ano, o equivalente a 32,9% do total. A maior parte das ações consideradas concluídas referem-se à liberação de recursos para financiamento habitacional (R$ 113 bilhões, ou 56% do total).
Em ações de logística, energia e infraestrutura social e urbana, os valores relativos às obras concluídas somam R$ 94,9 bilhões, ou 22% do total previsto de R$ 432 bilhões. Segundo dados da Casa Civil, 70% das obras, pelo critério de valor previsto em dispêndios, estão em "ritmo adequado", ao mesmo tempo em que 7% merecem "atenção" e 1% se encontram com ritmo em "situação preocupante". "Por quantidade, são 39% concluídas, 52% adequadas, 7% em atenção e 2% preocupantes", informou o governo federal.