Um estudo divulgado nesta quinta-feira (13) pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) indica que 40,8% dos domicílios brasileiros têm acesso à internet ? o valor não considera a conexão via smartphone dos moradores. O alcance é maior no Sudeste (51,5%), seguido por Sul (42,9%), Centro-Oeste (40,7%), Nordeste (29,2%) e Norte (20,7%).
Essa edição da pesquisa domiciliar Sips (Sistema de Indicadores de Percepção Social) trata de serviços de telecomunicações ? não há como comparar com levantamentos anteriores, pois os temas abordados eram outros. O estudo foi realizado em 3.809 domicílios de 212 municípios, durante junho de 2013. A margem geral de erro é de 1,34%, e a distribuição de respondentes por região reflete a proporcionalidade nacional.
Em todo o país, a forma mais comum de acesso residencial é a internet banda larga via estrutura de TV a cabo (32,8%). Na sequência aparecem conexões via linha telefônica (23%), modem de telefonia móvel (18,3%).
Mais da metade dos entrevistados (55,2%) paga mensalmente entre R$ 31 e R$ 70 pelo acesso. Cerca de 12,8% investem até R$ 30; 10,3% desembolsam de R$ 71 a R$ 100; 3,9% pagam de R$ 101 a R$ 150 e apenas 0,9% dos respondentes gastam mais de R$ 150.
Entre os respondentes, 69,1% têm uma percepção positiva do serviço de internet residencial. Na divisão por tipo de acesso, a TV a cabo teve a melhor avaliação (78,4% positiva), enquanto o acesso via modem de telefonia móvel teve a pior (positivo para 60,9%).
Telefonia móvel
O levantamento também traz resultados sobre a telefonia móvel, considerando os domicílios pesquisados (e não o uso individual desses aparelhos). A conclusão é que 15,5% das residências brasileiras não têm nenhum morador que utilize telefone celular. Nas demais casas, 78,6% têm somente moradores adeptos ao pré-pago, 2% apresentam uso exclusivo do pós-pago e 3,9% registram as duas modalidades.
Em 38,1% das residências pesquisadas, ao menos uma pessoa acessa a internet usando o celular.
"A percepção da qualidade dos serviços de telefonia móvel aparentemente não está alinhada com os relatos de reclamações nos institutos de defesa do consumidor. A avaliação de serviços de telefonia móvel é positiva [para 65,5% dos respondentes]", diz o relatório.