A inflação, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) encerrou o ano passado com aumento de 4,31%, de acordo com dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (13). Em dezembro, a inflação verificada pela instituição foi de 0,37%, contra 0,41% registrado em novembro.
O resultado de 2009 é o melhor desde 2006, quando a inflação terminou o ano em 3,14%. Em 2007, o indicador ficou em 4,46% e, no ano retrasado, o custo de vida do brasileiro subiu 5,90% no geral.
De acordo com nota do IBGE, a queda da inflação oficial do governo no ano passado se deve à diminuição dos preços com alimentação.
- Enquanto o ano de 2008 foi influenciado pela alta dos alimentos, que haviam fechado em 11,11%, em 2009 esses produtos tiveram variação de 3,18% (sendo 2,64% no primeiro semestre e 0,52% no segundo) e explicaram a redução do IPCA de um ano para o outro.
O mês que registrou o maior salto do IPCA no ano passado foi fevereiro, com 0,55%. Quando se consideram os trimestres de 2009, as altas ocorreram com mais intensidade no início do ano. Entre abril e junho, a inflação acelerou 1,32%. Entre janeiro e março, o índice foi de 1,23%. A menor aceleração ocorreu entre julho e setembro, com alta de 0,63%.
O grupo que mais alavancou o aumento em 2009 foi despesas pessoais, que teve alta de 8,03% no ano. Nesse setor, vale destacar os aumentos dos preços de 7,50% de serviços pessoais e de 27% do cigarro. Outros grupos que tiveram influência positiva no IPCA foram educação, com salto de 6,13%, e vestuário, com alta de 6,11%.
Por outro lado, comunicação - com crescimento de 1,08% - e transportes ? com alta de 2,36% - foram os grupos que menos aumentaram no ano passado.
Entre os itens que mais subiram no ano passado estão o açúcar cristal, com salto de 63,04%, a cebola, com aumento de 53,80% nos preços, o açúcar refinado ? com alta de 52,99% - e a batata-inglesa, com aumento de 51,50% nos custos para o consumidor.
Os aumentos dos vegetais se explicam pelo excesso de chuvas nas regiões produtoras. No caso do açúcar, o crescimento se deve à valorização do produto no mercado internacional. O preço do derivado da cana-de-açúcar explodiu por causa da baixa produtividade da safra e da produção indiana, que ajuda a abastecer a demanda externa.