O preço da categoria "alimento para PETs", apontado no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), aumentou em 22,9% em um ano. Na prática, quem cuida de cães e gatos, por exemplo, sofre no bolso os efeitos da inflação, que também afeta a alimentação do melhor amigo.
A explicação para a inflação é a escassez de insumos, como a proteína animal e o plástico das embalagens. Além de ficar mais caro, muitas marcas deixaram de circular e vários produtos como rações premium de cães e gatos faltaram nas prateleiras.
É o caso da alimentação especial de Romeu, um gato de 9 anos. Em razão de problemas urinários, o felino precisa de uma ração clínica que ficou em falta durante muito tempo.
"É uma ração que já é muito cara, mas que era uma luta para encontrar. A gente terminava pedindo na internet porque não tinha mais aqui", conta Maria das Graças Medina, tutora do animal.
Para Manoela Nogueira, diretora administrativa de uma clínica veterinária da zona Leste de Teresina, o aumento dos preços é uma realidade das distribuidoras.
"Além do preço da gasolina, que encarece tudo, temos também o plástico. Muitos fornecedores reclamam que as embalagens ficaram mais caras. Algumas suspenderam a produção porque o preço ficaria muito caro", revela.
A empresária conta que muitos produtos "sumiram" do mercado.
"Algumas marcas conseguiram segurar o preço, mas quase todas já aumentaram. Existe muito problema de fornecimento. A gente pede, demora para chegar, ou não tem aquele produto que o cliente costuma comprar e fica parecendo que a gente que decidiu parar de vender", aponta.
A alta dos preços dificulta a vida de muitos donos de animais, que precisam adaptar a alimentação dos bichos em função da crise econômica. A busca por rações mais baratas ou outras opções termina sendo um problema para os tutores.