A queda nos preços de energia elétrica e de comunicação ajudou a inflação brasileira a desacelerar com força em março no ambiente atual de forte recessão vivida pelo país, com a taxa acumulada em 12 meses indo abaixo de 10% pela primeira vez desde outubro.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,43% em março. O resultado - que é o menor para o mês desde o 0,21% de março de 2012 - chega a ser menos da metade (0,47 pontos percentuais) da alta de fevereiro, quando a taxa havia subido 0,9%.
Com isso, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, a alta acumulada do índice em 12 meses caiu a 9,39%, contra 10,36% de fevereiro.
Foi a primeira vez que o acumulado em 12 meses ficou no patamar dos 9% desde outubro (quando ficou em 9,93) e a taxa mais baixa desde junho (quando atingiu 8,89%).
Mas ainda assim permanece bem acima do teto da meta estabelecida pelo governo, de 4,5% com tolerância de 2 pontos percentuais para mais ou menos.
O IBGE apontou que a principal influência para baixo no resultado de março do IPCA foi a queda de 3,41% da energia elétrica, com impacto de -0,13 ponto percentual. O recuo ocorreu por conta da redução na cobrança extra da bandeira tarifária.
Isso ajudou o grupo Habitação a registrar queda dos preços em março de 0,64%, enquanto Comunicação teve recuo de 1,65%. Ambos representaram impacto de -0,16 ponto percentual no índice.