A inflação oficial do país desacelerou em junho, ficando em 0,21%, uma queda em relação aos 0,46% registrados em maio. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (10) pelo IBGE, através do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O resultado surpreendeu o mercado financeiro, que esperava uma variação de 0,32%. A desaceleração reflete em menor alta os preços de alimentos e bebidas, itens com maior peso na composição da inflação.
alimentos com maior queda de inflação
No acumulado do ano, a alta de preços é de 2,48%, enquanto nos últimos 12 meses, a inflação é de 4,23%. A meta para 2024 é de 3%, com uma margem de tolerância de até 4,5%. Em junho, os alimentos apresentaram alta de 0,44%, menor que em maio (0,62%). Entre os alimentos com maior queda estão a cenoura (-9,47%), a cebola (-7,49%) e as frutas (-2,62%). “O mamão e a banana prata, por exemplo, tiveram uma maior oferta e variação de qualidade devido às condições climáticas,” explicou André Almeida, gerente de pesquisa do IBGE.
Além dos alimentos, outros grupos também podem apresentar variações significativas. O grupo Saúde e cuidados pessoais registrou alta de 0,54%, influenciada pelo reajuste de até 6,91% nos planos de saúde autorizados pela ANS. O grupo Habitação teve uma alta de 0,25%, com a taxa de água e esgoto subindo 1,13% após reajustes em Brasília, São Paulo e Curitiba. Por outro lado, os grupos de Comunicação e Transportes apresentaram quedas de 0,08% e 0,19%, respectivamente, com destaque para a redução de 9,88% nas passagens aéreas.
pausa nos cortes da taxa Selic
Os investidores estão atentos ao comportamento da inflação, especialmente com a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) marcada para 31 de julho. O Banco Central analisará os dados para decidir se a pausa nos cortes da taxa Selic será mantida ou se será possível retomar os cortes, mesmo que de forma gradual. A desaceleração da inflação em junho pode afetar essa decisão, trazendo alívio ao cenário econômico.
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