Indústria: Brasil corre risco “muito grave” de desindustrialização

País estima que terá déficit no setor de manufaturados de mais de R$ 157 bilhões neste ano

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A desindustrialização do Brasil é ?muito grave?. Representantes da indústria e dos trabalhadores do setor se reuniram nesta quarta-feira (13) para debater saídas ao problema e evitar que fábricas diminuam a produção e demitam funcionários.

Segundo o presidente da Força Sindical, o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT-SP), o Brasil terá um déficit no setor de manufaturados de mais de R$ 157 bilhões (US$ 100 bilhões) neste ano. Se nada for feito pelo governo para mudar esse cenário, disse, ?os trabalhadores vão começar a agir?.

- Chegará a um ponto em que a gente começará a criar problema nos portos, além de segurar os produtos lá no meio do mar.

Durante o encontro, realizado na CNI (Confederação Nacional da Indústria), patrões e empregados decidiram pedir uma audiência com a presidenta Dilma Rousseff para apresentar um quadro sobre o momento vivido pelo setor e propor a ativação da Câmara da Industrialização.

Os empresários e os trabalhadores querem que a Câmara dos Deputados instale uma comissão geral para que possam discutir a situação do setor. Além disso, eles vão lançar um pacto pela industrialização, reunindo todos os projetos que estão no Legislativo e que propõem medidas de combate à desindustrialização.

De acordo com o presidente da CNI, Robson Andrade, o excesso de importações aumenta a inflação. Ele disse, porém, que confia na PDP (Política de Desenvolvimento Produtivo) que será lançada na próxima semana pelo governo.

- Acredito que devem vir medidas positivas, como a desoneração de investimentos e de exportações. Será um programa de incentivo ao desenvolvimento.

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