Índice que reajusta o aluguel acelera alta para 1,5% em setembro, diz FGV

No acumulado de 2013, a variação é de 3,69%. Em 12 meses, o IGP-M variou 4,40%

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O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), muito utilizado para o reajuste de contratos de aluguel, subiu 1,5% em setembro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira. No mês passado, a alta tinha sido de 0,15%. Em setembro do ano passado, a variação tinha sido de 0,97%.

No acumulado de 2013, a variação é de 3,69%. Em 12 meses, o IGP-M variou 4,40%.

O resultado do IGP-M de setembro mostra que a alta dos preços no atacado continua acelerando, em meio à recente valorização do dólar ante o real, o que aumenta as perspectivas de impacto maior sobre os preços no varejo.

O IGP-M de setembro foi calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 de agosto e 20 deste mês.

Avanço das matérias-primas

Entre os componentes do IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede os preços no atacado e responde por 60% do indicador, avançou para 2,11%, ante 0,14% em agosto.

O destaque de alta no IPA veio do estágio inicial da produção, já que o índice de matérias-primas brutas teve elevação de 4,21%, em setembro, ante deflação de 0,74% em agosto. Os principais responsáveis pela aceleração do grupo foram soja (em grão) (-3,77% para 10,78%), minério de ferro (-2,35% para 3,53%) e milho em grão (-6,93% para 1,31%).

Ao mesmo tempo, houve desaceleração nos preços ao produtor em itens como café em grão (0,05% para -4,84%), bovinos (1,15% para 0,93%) e leite in natura (4,02% para 3,81%).

Varejo

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30%, registrou aumento de 0,27%, em setembro, ante 0,09%, em agosto. A principal pressão de alta foi o grupo transportes (-0,24% para 0,09%). Nesta classe de despesa, a FGV destacou o comportamento do item tarifa de ônibus urbano, que saiu de uma queda de 0,80% para elevação de 0,32%.

Entre as demais classes de despesas, houve mudança de direção em alimentação (-0,03% para 0,14%) e vestuário (-0,20% para 0,55%). Aceleraram habitação (0,29% para 0,44%); despesas diversas (0,11% para 0,22%) e saúde e cuidados pessoais (0,39% para 0,43%).

Construção

Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em setembro, acréscimo de 0,43%, acima do resultado de agosto, de 0,31%. Segundo a FGV, o índice relativo a materiais, equipamentos e serviços registrou alta de 0,91%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,63%.

Já índice que representa o custo da mão de obra teve variação nula em setembro. Em agosto, o índice aumentou 0,03%.

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