O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) subiu 1,67% em março, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira (28).
Este índice é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel de imóveis. Como ele é calculado com base em outros índices de preços, a alta acentuada de março pode ser atribuída ao avanço nos preços no atacado e no varejo.
Em fevereiro, o IGP-M tinha desacelerado a alta para 0,38% ao mês. Em março do ano passado, a alta do índice havia sido de 0,21%.
O resultado de março ficou acima da expectativa em pesquisa da agência de notícias Reuters. Os economistas consultados esperavam de alta de 1,55%, de acordo com a mediana de 28 projeções.
Preços no atacado puxam alta
O IGP-M é calculado utilizando uma média de outros três indicadores de preços: o IPA, o IPC e o INCC.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, teve alta de 2,2% em março, depois de ter subido 0,27% no mês anterior.
O destaque ficou para o avanço de 6,16% dos produtos agropecuários, após recuo de 0,61% em fevereiro.
Já o Índice de Preços ao Consumidor, que mede a variação dos preços no varejo e tem peso de 30% no IGP-M, acelerou a alta para 0,82%, contra 0,7% em fevereiro.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, registrou elevação de 0,22%, uma desaceleração em relação a fevereiro, quando tinha subido 0,44%. O INCC responde por 10% do IGP-M.