Inadimplência sobe para 5,9% e bate recorde

A inadimplência subiu em julho pelo oitavo mês seguido e chegou ao nível recorde de 5,9%

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 A inadimplência subiu em julho pelo oitavo mês seguido e chegou ao nível recorde de 5,9%, de acordo com o relatório de crédito do Banco Central divulgado hoje. Antes da piora na crise financeira, estava em 4%. Considerando apenas as empresas, a inadimplência também registrou a oitava alta seguida, de 3,4% para 3,8%.

Em setembro do ano passado, estava em 1,6%. Em relação às pessoas físicas, a taxa ficou estável pelo terceiro mês, no nível recorde de 8,6% dos empréstimos do sistema bancário. São considerados inadimplentes os empréstimos com atraso superior a 90 dias. Isso significa que o indicador ainda reflete os efeitos da crise internacional de crédito, que provocou alta dos juros e redução dos empréstimos.

Juros

A taxa de inadimplência continuou subindo em julho, apesar da queda nos juros bancários. Segundo o BC, a taxa geral de juros caiu pelo oitavo mês seguido, de 36,6% em junho para 36% ao ano em julho. Trata-se da menor taxa desde dezembro de 2007 (33,8% ao ano).

Houve queda tanto nos juros para pessoas físicas (de 45,6% para 44,9% a.a.) como jurídicas (de 27,4% para 26,7% a.a.). Também houve queda no "spread" bancário, a diferença entre a taxa de captação dos bancos e os juros cobrados nos empréstimos para os clientes. Segundo o BC, o "spread" caiu de 27,2 pontos percentuais para 26,8 pontos no mês passado.

A taxa, porém, ainda está acima da registrada em setembro (26,4 p.p.), época do agravamento da crise. Apesar da queda nos juros ao consumidor, a taxa do cheque especial voltou a subir e chegou a 167,3% ao ano (contra 167% em 2008), depois da queda registrada no mês anterior. O crédito pessoal caiu de 45,6% para 44,8% ao ano. Na aquisição de veículos, ficou estável em 26,9% ao ano.

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