Imposto zerado para a importação de alimentos começa a valer hoje; veja itens

Medida ficará vigente por quanto tempo for necessário, afirmou o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin

Vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, | Valter Campanato/Agência Brasil Vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
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Começa a valer nesta sexta-feira a decisão do governo federal de zerar os impostos de importação de uma série de alimentos . O anúncio oficial foi feito na semana passada, mas foi preciso editar as normas para aplicar as tarifas zero dos produtos.

Ontem, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, disse que não há prazo de vigência da medida.

Por quanto tempo? Por quanto foi necessário.

O governo divulgou uma lista detalhada dos produtos que terão suas alíquotas zeradas. Com isso, fica claro exatamente quais categorias entram nesse pacote, como tipos de café e açúcar. A medida não valerá para frangos.

De acordo com Alckmin, o impacto fiscal das medidas é de R$ 650 milhões em um ano. Não há prazo de duração das medidas.

Como a gente espera que seja em menos tempo, o impacto vai ser menor.

O vice-presidente afirmou que o governo federal não obrigará os estados a diminuir o ICMS sobre alimentos.

O governo não vai obrigar, não vai fazer lei.

Ele voltou a defender, no entanto, que os governos estaduais reduzam a alíquota pelo menos sobre alguns alimentos, como o ovo.

Na avaliação do Executivo, a redução tarifária poderá permitir a importação de produtos selecionados a custos menores, aumentando a disponibilidade desses itens no mercado interno, facilitando a aquisição de produtos essenciais na cesta básica nacional, minimizando o risco de desabastecimento e garantindo condições dignas de subsistência à população.

Veja os produtos com itens zerados:

  • Carnes desossadas de bovinos, congeladas: (passou de 10,8% a 0%)
  • Café torrado, não descafeinado (exceto café acondicionado em cápsulas): (passou de 9% a 0%)
  • Café não torrado, não descafeinado, em grão: (passou de 9% a 0%)
  • Milho em grão, exceto para semelhança: (passou de 7,2% a 0%)
  • Outras massas alimentícias, não cozidas, nem recheadas, nem qualificadas de outro modo: (passou de 14,4% a 0%)
  • Bolachas e biscoitos: (passou de 16,2% a 0%)
  • Azeite de oliva (oliveira) extravirgem: (passou de 9% a 0%)
  • Óleo de girassol, em bruto: (passou de 9% a 0%)
  • Outros açúcares de cana: (passou de 14,4% a 0%)
  • Preparações e conservas de sardinhas, inteiras ou em pedaços, exceto peixes picados: (de 32% para 0%)

Em relação à sardinha, a Camex distribuiu zerar uma alíquota dentro de uma cota estabelecida de 7,5 mil toneladas

A Câmara também decidiu aumentar a cota do óleo de palma, do código NCM 1511.90.00, de 60 mil toneladas para 150 mil toneladas, pelo prazo de 12 meses, com a manutenção da alíquota do Imposto de Importação de 0%

Carnes 

No caso das carnes, por exemplo, terão imposto zerado aquelas situações como "carnes desossadas de bovinos e congeladas", sem contar carnes de porco, frango ou ossos. No café, vale o torrado e não torrado, sem contar o descafeinado, por exemplo.

Com a aprovação da medida na reunião da Camex, a redução dos tributos passa a valer imediatamente após a publicação da resolução correspondente. Não há necessidade de um prazo adicional para implementação, bastando a publicação oficial para que o corte do imposto entre em vigor.

Além da zeragem dos impostos, serão adotadas outras medidas como um estímulo à produção de alimentos da cesta básica no Plano Safra e o fortalecimento de estoques reguladores.

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