A inflação medida pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), índice usado como base de reajuste na maioria dos contratos de aluguel, acelerou, mas menos que o esperado, pressionada por aumentos de custos no atacado e na construção civil, devido, respectivamente, ao reajuste do minério de ferro e a dissídios salariais.
O indicador subiu 1,06% na segunda prévia de junho, após alta de 0,95% em igual período de maio, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta sexta-feira.
Economistas consultados pela Reuters previam uma taxa de 1,55%, segundo a mediana de 10 previsões que oscilaram de 1,29 a 1,85%.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) aumentou 1,37% na segunda leitura de junho, contra 1,19% na de maio.
O IPA agrícola caiu 0,24%, após alta anterior de 0,80%, enquanto o IPA industrial acelerou o avanço para 1,88%, ante 1,32% na segunda prévia de maio.
A maior alta individual de preços foi do minério de ferro, que foi reajustado recentemente, com elevação de 32,61% agora, ante 27,16% antes. Seguiram farelo de soja, soja em grão, milho em grão e leite in natura.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) avançou 2,09% na segunda prévia de junho, acima da alta de 0,66% na segunda de maio.
Reajustes salariais elevaram o componente Mão de obra em 3,21% nesta leitura, contra 0,81% na anterior.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) caiu em 0,20% na segunda leitura deste mês, seguindo a alta de 0,45% na segunda prévia de maio.
Os preços do grupo Alimentação recuaram 1,49%, contra alta anterior de 0,56%. Os de Saúde e cuidados pessoais desaceleraram a alta pela metade, para 0,45%. Já os custos de Vestuário avançaram mais, em 1,09%.
As principais quedas de preços de itens individuais no varejo foram de batata-inglesa, tomate, açúcar refinado, leite longa vida e álcool combustível.
No ano, o IGP-M acumula avanço de 5,90% e nos últimos 12 meses, de 5,39%.
O IGP-M da segunda prévia mediu os preços de 21 de maio a 10 de junho.