O Ibovespa encerrou esta sexta-feira (29) em nova máxima histórica. O principal índice da B3 avançou 0,26%, atingindo 141.422 pontos — superando o recorde anterior, de 141.264 pontos, registrado em 4 de julho. Já o dólar subiu 0,29%, cotado a R$ 5,4219.
O desempenho da bolsa reflete a percepção de maior estabilidade no cenário doméstico e internacional, o que aumenta a previsibilidade dos negócios. Para Lucas Sigu Souza, sócio-fundador da Ciano Investimentos, o mercado já assimilou os impactos do tarifaço imposto por Donald Trump e opera com um ambiente de menor incerteza. Além disso, a inflação controlada no Brasil, a avaliação de que a Selic não deve voltar a subir e a recente queda do dólar fortalecem o otimismo dos investidores. No acumulado de agosto, o Ibovespa registrou alta de 6,28%.
Influência do cenário externo
Nesta sexta, os investidores também acompanharam a divulgação do índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE) dos Estados Unidos — indicador de inflação observado de perto pelo Federal Reserve (Fed). O resultado, em linha com as estimativas, apontou avanço mensal de 0,2% e alta anual de 2,6%.
Embora a atividade econômica americana siga resiliente, aumentaram as apostas de que o Fed possa iniciar cortes de juros na reunião de setembro.
Câmbio e volatilidade
No câmbio, a movimentação foi marcada pela disputa em torno da PTAX de fechamento de mês, taxa usada para liquidação de contratos futuros. Essa disputa entre comprados e vendidos trouxe volatilidade ao dólar.
Brasil x EUA
No cenário doméstico, o governo brasileiro abriu processo que pode resultar na aplicação da Lei de Reciprocidade Econômica contra os Estados Unidos, em resposta ao tarifaço imposto pelo governo norte-americano sobre produtos brasileiros.