O índice de preços ao produtor subiu 0,72% em setembro, após alta de 0,52% em agosto, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. O IBGE revisou o dado de agosto depois de anunciar anteriormente avanço de 0,53%.
Em setembro de 2011, o índice havia registrado avanço de 1,23%, e no acumulado em 12 meses os preços apresentaram alta de 6,99% no mês passado.
Em setembro, 15 das 23 atividades pesquisadas apresentaram alta de preços na comparação com o mês anterior, segundo o IBGE. Em agosto, 16 atividades haviam registrado alta nos preços.
Os destaques no mês passado ficaram para os segmentos de bebidas (com alta de 4,62%, ante 0,36% em agosto), outros produtos químicos (3,84%, ante queda de 1,52%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (2,27%, ante queda de 0,19%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (1,36%, ante 0,78%).
O IBGE informou ainda que a produção de produtos alimentícios registrou inflação de 0,82% em setembro, desacelerando sobre a alta de 2,07% do agosto. Mesmo assim, a atividade esteve entre as que mais influenciaram o indicador no mês passado, com 0,17 ponto percentual.
Entre os destaques nas quedas de preços em setembro sobre o mês anterior está a atividade de veículos automotores, com recuo de 0,77% ante alta de 0,16% em agosto.
O índice mede os preços "na porta das fábricas" e não inclui os custos com frete e impostos que influenciam os preços ao consumidor.
Na comparação com o mesmo mês de 2011, as maiores variações positivas de preços em setembro ocorreram em fumo (19,39%), bebidas (19,08%), alimentos (15,49%) e outros equipamentos de transporte (12,01%).
A inflação vinha dando sinais de desaceleração. Na terça-feira, por exemplo, o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) mostrou forte desaceleração em outubro ao registrar variação positiva de 0,02%, ante 0,97% em setembro. O destaque ficou para a queda dos preços das matérias-primas brutas, no atacado, de 1,24%.
O comportamento da inflação, assim como da economia, ainda divide os analistas em relação às próximas medidas do Banco Central sobre a política monetária em 2013. Parte acredita que a Selic será mantida na mínima histórica de 7,25% ao longo do ano que vem e outra parte vê que ela será elevada no final do ano.
Na pesquisa Focus do BC desta semana, analistas previam que a inflação pelo IPCA fechará este ano a 5,45% e 2013 a 5,4%.
O índice mede os preços "na porta das fábricas" e não inclui os custos com frete e impostos que influenciam os preços ao consumidor