Horário de verão proporcionará economia de R$ 280 milhões

Informação é do diretor-geral do operador, Hermes Chipp. Valor é mais que o dobro da economia feita em 2011, de R$ 130 milhões

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O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, disse nesta terça-feira (16), em entrevista coletiva, que o horário de verão, que começa à zero hora do dia 21 de outubro e termina à zero hora de 17 de fevereiro de 2013, vai proporcionar uma economia de R$ 280 milhões.

O período em que os relógios serão adiantados em uma hora vai durar 119 dias. O valor é mais que o dobro da economia apurada no ano passado, de R$ 130 milhões. Chipp não explicou a causa da elevação da economia em reais.

Segundo o diretor do ONS, a economia global de energia proporcionada pelo horário diferenciado é de apenas 0,5%. Mas como reduz o consumo no horário de pico em até 4,5%, tem a grande vantagem de conferir maior segurança ao sistema, além da economia em reais não ser desprezível, segundo ele.

Chipp mencionou ainda que, em função da escassez de chuvas neste início de primavera, o consumidor brasileiro pagará neste ano mais do que no ano passado por geração de energia térmica, para garantir níveis mínimos de reservatório de água para geração de energia hidrelétrica.

Em 2011 o gasto somou R$ 1,4 bilhão, sendo que quase a metade para suprir falhas no abastecimento do sistema interligado dos estados do Acre e de Rondônia. "A água ainda não chegou à quantidade esperada. No final de outubro e início de novembro vamos usar as térmicas em grande escala."

No dia 15 de outubro, os níveis dos reservatórios estavam em 38,1% no Nordeste; 42,5% no Sudeste; 47,2% no Norte; e 39,4% no Sul. As metas estabelecidas pelo governo preveem que no dia 30 de novembro o Sudeste terá que contar com 41% de água em seus reservatórios, ou seja, apenas 1,5 ponto percentual abaixo do nível atual.

Ao longo de novembro, segundo Chipp, espera-se que as chuvas cheguem com mais intensidade, facilitando que o nível meta do Sudeste seja alcançado, já que atualmente a região vem exportando energia para assegurar que a meta do Nordeste (que é de 33%) seja atingida.

A configuração do fenômeno El Niño, que já está confirmada, faz com que chova pouco no Nordeste, e mais nas regiões Sul e Sudeste, de modo que o Nordeste é a maior preocupação, embora as chuvas estejam atrasadas também nas regiões onde se espera que chova mais, avaliou o diretor-geral do ONS.

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