Haddad espera que proposta para taxar super-ricos seja aprovada ainda neste ano

O projeto inclui uma alíquota de 15% para grandes corporações e um imposto de 2% sobre a riqueza de multimilionários

Fernando Haddad - ministro da Fazenda | Reprodução
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, manifestou otimismo quanto à aprovação da proposta de tributação de grandes fortunas na próxima cúpula do G20, que ocorrerá no final deste ano no Rio de Janeiro. Em entrevista, o ministro destacou que, após extensas pesquisas em sessões temáticas, a expectativa é que o tema seja formalmente aprovado pelos chefes de Estado presentes na cúpula. Haddad ressaltou a importância da assinatura dos líderes para garantir um compromisso global com a proposta.

A iniciativa brasileira visa estabelecer uma tributação internacional para indivíduos extremamente ricos, independentemente de sua residência. Segundo Haddad, o plano propõe que indivíduos com bilhões de dólares sejam tributados globalmente. “Não importa onde uma pessoa está residindo, se ela tem bilhões de dólares, ela tem que ser tributada”, afirmou o ministro, destacando a ambição de criar um sistema tributário internacional eficaz.

alíquotas de 15% e de 2%

O ministro também destacou as dificuldades enfrentadas na implementação desse tipo de tributação, mencionando a resistência e a complexidade envolvida. Ele observou que, embora muitos países tenham demonstrado apoio verbal, a assinatura formal do documento será crucial para solidificar o compromisso internacional. O modelo proposto, desenvolvido em colaboração com a economista Esther Duflo e o economista Gabriel Zucman, inclui uma alíquota de 15% para grandes corporações e um imposto de 2% sobre a riqueza de multimilionários.

Os recursos arrecadados com a nova tributação seriam direcionados a um fundo social destinado à luta contra as mudanças climáticas, a pobreza e o financiamento de projetos ambientais. Apesar do potencial benefício, Haddad confirmou que as tentativas anteriores de tributar grandes fortunas em nível nacional frequentemente enfrentam desafios, como a evasão fiscal e a resistência dos extremamente ricos, o que pode complicar a execução da prática da proposta.

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