Há 2 anos da Copa, Infraero não investe em reforma de aeroportos

Atrasos em projetos, nas obras e nas concessões impedem estatal de investir recursos previstos para reformar aeroportos.

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A Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) deixou de utilizar, no ano passado, R$ 1 bilhão previsto para construção e reforma em 23 aeroportos, incluindo 11 localizados em cidades-sede do Mundial. Os aeroportos da Copa deverão receber R$ 6,5 bilhões em investimentos até 2014, mas as obras ainda não tiveram início na metade deles.

No remanejamento de recursos do Orçamento da União feitos no final do ano, foram "cancelados" R$ 981 milhões em investimentos nos aeroportos e R$ 88 milhões em manutenção do programa de segurança de voo e controle do espaço aéreo.

Apenas uma pequena parte dos cortes nas verbas que a Infraero não utilizou foi transferida para outros empreendimentos. A construção do terminal de passageiros 3 de Guarulhos levou R$ 166 milhões. Mas a maior fatia -R$ 178 milhões- foi destinada à manutenção da infraestrutura aeroportuária.

O remanejamento de verbas da Infraero, de outras estatais e de ministérios foi publicado no dia 29 de dezembro do ano passado em edição extra do "Diário Oficial da União". Esses cortes e suplementações são feitos no final do ano para reaproveitar os recursos não utilizados.

Quem mais perdeu foi o Galeão (R$ 167 milhões). Os cortes atingiram a reforma e a ampliação dos terminais 1 e 2 e a recuperação de pistas. Na suplementação, recebeu só R$ 3,7 milhões para a ampliação da pista de pouso e do pátio de aeronaves.

Técnicos do TCU (Tribunal de Contas da União) disseram que a não execução das verbas previstas no Orçamento se deve a atrasos nas obras programadas. Assim, a ineficiência do gestor em dado período acaba tendo consequências pelos períodos subsequentes.

Esses cancelamentos em larga escala já haviam sido discutidos no relatório de contas do governo de 2010 na função "transporte".

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