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Gripe aviária: Estados Unidos viram o maior importador de ovos do Brasil

Com o forte crescimento das vendas aos EUA, as exportações totais brasileiras alcançaram 3,77 mil toneladas em março, aumento de 342,2%

Exportações brasileiras de ovos incluem tanto produtos in natura quanto processados | Foto: Imagem de Pixabay
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Em março, os EUA se tornaram o maior importador de ovos do Brasil, comprando 2.705 toneladas devido à crise de gripe aviária. O volume representa alta de 346,4% em relação a março de 2024. Com isso, as exportações totais do Brasil chegaram a 3.770 toneladas, um aumento de 342,2%, gerando US$ 8,65 milhões em receita — alta de 383% na comparação anual. 

As exportações brasileiras de ovos, incluindo produtos in natura e processados, cresceram 97,2% no primeiro trimestre, somando 8.654 toneladas. Segundo a ABPA, o aumento se deve à abertura do mercado dos EUA para ovos brasileiros usados no termoprocessamento de alimentos para consumo humano. 

Inicialmente voltadas à ração animal, as importações agora atendem também à indústria alimentícia, sem impactar a oferta interna, já que representam cerca de 1% da produção nacional.

EXPORTAÇÕES CONTINUARÃO FORTES

Segundo Laiz Foltran, da ABPA, as exportações brasileiras de ovos devem continuar fortes nos próximos meses, com destaque para a demanda dos EUA, Chile, Japão e, potencialmente, México. O Brasil negocia ampliar as vendas aos EUA para incluir ovos para consumo humano sem processamento.

A gripe aviária já causou a morte de mais de 30 milhões de aves nos EUA em 2025, provocando escassez e alta nos preços. Diante disso, o governo americano intensificou a busca internacional por ovos, mas enfrenta negativas de países como Alemanha, Itália e Suécia. Turquia e México lideram as exportações para os EUA.

De janeiro até 25 de fevereiro, as importações americanas de ovos in natura cresceram 478%. A continuidade da crise depende da reposição dos estoques e do controle dos surtos.

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