A greve dos trabalhadores dos Correiosxcontinua em 23 estados, mais o Distrito Federal nesta sexta-feira, informaram nesta segunda-feira (23) os Correios e a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect).
De acordo com a empresa, nesta segunda, 93,05% dos empregados (estão trabalhando normalmente. Entre os empregados da área operacional (carteiros, atendentes e operadores de triagem e transbordo), o índice de trabalhadores presentes é de 91,77%. Segundo os Correios, o número é apurado por meio de sistema eletrônico de presença.
Já a federação afirma, contudo, que cerca de 70% da área operacional aderiu à greve. Segundo a Fentect, a paralisação permanecerá por tempo indeterminado até o julgamento do dissídio Tribunal Superior do Trabalho (TST) ou uma reabertura das negociações.
Os Correios informam que a empresa "empreendeu todos os esforços junto à Fentect para fechar o acordo" e que aguarda a definição da data do julgamento no TST, "o que não impede, porém, que outros sindicatos aceitem a proposta oferecida pela empresa e assinem o acordo", diz.
Embora algumas paralisações tenham começado no dia 12, a greve geral aprovada pelos sindicatos da Fentect foi deflagrada oficialmente em todo o país no dia 17.
Até o momento, o movimento foi encerrado apenas no Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Norte e Região Metropolitana de São Paulo e Bauru (SP). No Rio Grande do Norte, o acordo foi assinado na quarta-feira (18). Nos demais, o movimento foi encerrado na sexta-feira (13).
A empresa informa que apesar da greve, a rede de atendimento está aberta em todo Brasil e que os únicos serviços que não estão disponíveis são os de postagem, entrega e coleta de encomendas com hora marcada nos locais com paralisação deflagrada.
Reivindicação
Segundo a Fentect, a categoria pede 15% de aumento real, mais reposição da inflação entre agosto de 2012 e julho deste ano, reposição das perdas salariais desde o plano real, entrega de correspondências pela manhã em todo o país, entre outras reivindicações.
Os Correios oferecem reajuste de 8% nos salários (reposição da inflação do período, de 6,27%, com ganho real de mais de 1,7%) e reajuste de 6,27% nos benefícios, entre outros.
Na terça-feira (17), uma reunião entre os dois lados no Tribunal Superior do Trabalho (TST) terminou sem acordo e o Tribunal determinou a distribuição do dissídio para julgamento, em data a ser definida.
Sobre as outras reivindicações, os Correios afirmam que já assumiu o compromisso de ampliar a entrega matutina, hoje realizada em três estados, e que trabalha na realização do próximo concurso para contratação de novos funcionários