Greve da Honda na China provoca alerta

Salários em alta de chineses e estagnação japonesa indicam início da convergência dos padrões de vida

Japão se preocupa com crise da fábrica | IG
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Uma greve que prejudicou seriamente a produção nas fábricas da Honda Motors na China chegou como um alerta para as principais exportadoras japonesas, justamente em um momento em que elas tentam driblar a concorrência e crescer no florescente mercado chinês ? impulsionado pelos baixos salários dos operários.

A Honda, segunda maior fabricante de automóveis japonesa, ficando atrás somente da Toyota no maior mercado automotivo do mundo, sofreu a perda de produção de milhares de unidades com a greve dos trabalhadores chineses - que protestam por melhores salários e condições de trabalho. Os protestos tiveram início em 17 de maio em uma fábrica de transmissão da Honda na cidade de Foshan, no sudeste do país, e já levou ao fechamento das quatro fábricas da Honda em território chinês.

Em Tóquio, a greve despertou uma importante questão: como os salários e as expectativas dos chineses aumentam, seguindo o rápido crescimento econômico daquele país, ao mesmo tempo em que o Japão titubeia com uma desaceleração econômica, os dois países enfrentam um realinhamento que poderia alterar para sempre a forma como suas economias interagem.

Para complicar o cenário, os chineses são tidos como consumidores essenciais pelas empresas japonesas, pois eles são uma forma de equilibrar o mercado que vai envelhecendo e se encolhendo naquele país.

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