O governo decidiu prorrogar por mais dois meses a alíquota menor de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para produção veículos. O benefício, que vigora desde maio, terminaria na próxima sexta-feira. A avaliação da equipe econômica é que, apesar do recorde de vendas em julho (364 mil unidades), o setor ainda mantém estoque elevados e, retirar a medida agora poderia levar a um retrocesso, com impactos negativos nos empregos.
Para evitar prejuízos para as vendas no fim de semana, o anúncio oficial da prorrogação somente deverá ocorrer na próxima semana. As montadoras estão fazendo campanhas publicitárias para alertar o consumidor que o benefício está acabando.
De acordo com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), com o IPI reduzido, as vendas diárias subiram de 12 mil em maio para 16 mil em agosto. No mês passado, a medida foi bastante questionada, depois que a GM anunciou que demitiria funcionários em uma das fábricas de São José dos Campos.
A notícia irritou a presidente Dilma Rousseff, que cobrou como contrapartida a manutenção dos empregos. Depois de intensas reuniões entre representantes da empresa, do governo (Ministérios da Fazenda e do Trabalho) e o Sindicato dos trabalhadores no local, as demissões foram adiadas.