As contas do governo central - que reúne o Tesouro Nacional, a Previdência Social e o Banco Central(BC) - apresentaram em setembro o maior superávit primário da história, de R$ 26,056 bilhões, graças aos recursos que entraram nos cofres do governo com a capitalização da Petrobras. O resultado, que indica a economia do governo para o pagamento dos juros da dívida pública, ficou dentro do intervalo previsto pelos analistas, de superávit de R$ 22,7 bilhões a R$ 32,2 bilhões.
Segundo os dados divulgados nesta terça-feira, o Tesouro Nacional apresentou no mês passado um superávit de R$ 35,234 bilhões, enquanto o BC teve um saldo positivo de R$ 12,6 milhões. Já a Previdência Social apresentou um déficit primário de R$ 9,191 bilhões.
No acumulado de 2010 até setembro, as contas do governo central registram um superávit de R$ 55,706 bilhões, o equivalente a 2,14% do Produto Interno Bruto (PIB). O Tesouro acumula, no mesmo período, um superávit de R$ 95,878 bilhões, enquanto a Previdência tem um déficit de R$ 39,767 bilhões e o BC um saldo negativo de R$ 403,5 milhões.
Em 2009, as contas do governo central acumulavam até setembro um superávit de R$ 15,618 bilhões, o equivalente a 0,68% do PIB. O superávit de janeiro a setembro de 2010 é R$ 40,1 bilhões superior ao apurado no mesmo período do ano passado.
Investimentos
Os investimentos totais do governo central cresceram 56,6% no acumulado de janeiro a setembro de 2010, em relação a igual período do ano passado. Segundo o Tesouro, os investimentos atingiram R$ 32,2 bilhões no período. Nos nove primeiros meses de 2009, eles haviam somado R$ 20,6 bilhões. Os investimentos que fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) somaram R$ 14,249 bilhões no acumulado de janeiro a setembro, o que indica uma alta de 50% ante os R$ 9,492 bilhões do mesmo período de 2009.