O Tesouro Nacional divulgou nesta segunda-feira (29.abr.2024) que o governo federal registrou um déficit primário de R$ 1,5 bilhão em março deste ano. Esse saldo negativo representa o melhor desempenho para meses de março desde 2021, quando houve um superávit de R$ 2,47 bilhões.
COMPARAÇÃO COM ANOS ANTERIORES: Em março de 2023, o governo havia registrado um déficit de R$ 7,4 bilhões. Em termos reais, o déficit deste ano foi 79,3% menor do que o registrado no mesmo mês do ano passado.
COMPOSIÇÃO DO RESULTADO PRIMÁRIO: O resultado primário do governo é o saldo entre as receitas e as despesas, excluindo o pagamento de juros da dívida. Ele é composto pelo Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social.
DESEMPENHO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL: A Previdência Social registrou um déficit primário de R$ 21,5 bilhões em março, o que representa um crescimento de 1,8% em termos reais em relação ao mesmo mês de 2023.
RECEITAS: A receita total atingiu R$ 198,8 bilhões em março, um aumento real de 8,5% em comparação com o mesmo período de 2023. Já a receita líquida, que corresponde à quantia que o governo tem após fazer as transferências aos entes da Federação, somou R$ 163,9 bilhões, crescendo 8,3% em termos reais em um ano.
FATORES IMPULSIONADORES DA RECEITA: O Tesouro destaca alguns fatores que impulsionaram a receita, como o aumento do Imposto sobre a Renda, Cofins, Pis/Pasep, dividendos e participações. Por outro lado, houve uma queda nas demais receitas.
DESPESAS: Os gastos atingiram R$ 165,4 bilhões, um aumento de R$ 6,7 bilhões em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse crescimento se deu principalmente nos benefícios previdenciários, despesas obrigatórias com controle de fluxo e na prestação continuada da LOAS/RMV.
ACUMULADO DO ANO: No acumulado de janeiro a março de 2024, o governo apresenta um superávit de R$ 20,1 bilhões, corrigidos pela inflação. Esse valor é menor do que o superávit de R$ 33,4 bilhões registrado no primeiro trimestre de 2023.