Governo pode cortar gastos para manter superávit

Segundo ministro, contas equilibradas também dão resultado eleitoral

Mantega | G1
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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afimou nesta segunda-feira (21), em São Paulo, que, caso necessário, o governo poderá cortar gastos em 2010, apesar de ser um ano eleitoral. "Essa história de que não vamos cumprir o superávit primário no próximo ano é uma projeção infundada", frisou.

Segundo Mantega, a ideia é cortar gastos de custeio, que não afetem programas essenciais e investimentos do governo, como viagens internacionais e projetos novos dos ministérios. "Acreditamos que o importante é fazer [...] gastos que estimulem o cresicmento econômico [...]. Podemos postergar [os gastos] que nos permitam ter um resultado fiscal positivo", frisou Guido Mantega, dizendo que contas equilibradas também dão um resultado eleitoral "muito bom".

Após participar de evento sobre economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), ele disse também que a meta do superávit primário (que é a economia do governo para pagar juros) está mantida para 2009: 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB), sem levar em conta os resultados da Petrobras. "Essa história de que não conseguiremos cumprir o superávit é infundada", afirmou.

"Estamos dizendo aos ministérios que não há como aumentar programas [...] porque não temos espaço. Ou seja: não será fácil fazer superávit primário, nem neste ano nem no próximo. Implica em algum sacríficio", afirmou Mantega. Preço do aço Diante da possibilidade de um aumento nos preços do aço no Brasil, o ministro da Fazenda disse que o governo pode reduzir as tarifas de importação do produto.

"O objetivo é fomentar a concorrência e impedir que o aço suba", disse Mantega a jornalistas após palestra em São Paulo. Perguntado se a alíquota pode chegar a ser zerada, o ministro respondeu afirmativamente.

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