O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta quarta-feira (28) que apesar de o preço da gasolina estar defasado, o governo não cogita agora um aumento do preço dos combustíveus para evitar pressões inflacionárias.
"Não se está cogitando aumento agora por parte do governo. O que se pode dizer é que os preços estão defasados no Brasil, mas o governo conduz essa matéria com todo cuidado para que não haja reflexo na economia gerando inflação", disse o ministro.
A Petrobras busca elevar o preço da gasolina para colocá-los na linha dos valores dos combustíveis no mercado interno com o exterior. "O governo tem e sempre terá cuidados com a economia", disse Lobão.
O ministro disse que esteve na Petrobras nesta quarta para uma reunião com representantes da estatal incluindo a presidente da companhia, Maria das Graças Foster, mas não foi tratado durante o encontro um reajuste do preços dos combustíveis, segundo a Reuters.
A Petrobras busca um reajuste de preços dos combustíveis diante da alta da cotação do petróleo no mercado internacional e da disparada recente do dólar ante o real, já que isso eleva os custos das importações de combustíveis feitas pela empresa para abastecer o mercado doméstico.
Segundo o ministro, a estatal "está permanentemente pedindo aumentos de seus preços, até porque estão defasados há muitos anos. Mas isso não significa que se vá acordar (sobre o assunto)", afirmou Lobão.
Para aumentar o preço dos combustíveis, porém, a companhia depende do aval de seu acionista controlador, o governo federal, num momento em que a inflação preocupa.
"A situação da empresa não é grave, há uma defasagem no preço (dos combustíveis) e teremos que olhar para isso. Mas isso não está comprometendo a empresa ao ponto que vocês sugerem", afirmou Lobão, ao ser questionado por jornalistas sobre o impacto de preços defasados na Petrobras, de acordo com a Reuters. "A situação é muito boa e não há problema nenhum de crédito ou empréstimos à Petrobras", reforçou o ministro.