O governo central --formado por Tesouro, Banco Central e Previdência Social-- teve em novembro o pior resultado mensal desde maio de 2010, última vez em que houve registro de deficit.
De acordo com o Tesouro Nacional, o deficit primário nas contas da União, Previdência Social e Banco Central foi de R$ 4,3 bilhões.
A Previdência Social apresentou deficit de R$ 5,381 bilhões em novembro, enquanto o Tesouro teve superavit de R$ 1,228 bilhão e o Banco Central, saldo negativo de R$ 139,4 milhões.
O resultado de novembro se deve principalmente a estabilidade nas despesas em R$ 68,926 bilhões no mês e a uma queda de 18% na receita líquida do governo central sobre outubro, para R$ 64,633 bilhões.
Em novembro, as despesas com pessoal subiram 17,2% em relação a outubro, mas essa alta foi compensada por uma queda nas despesas de custeio.
Já a queda nas receitas foi causada principalmente pelo recuo na arrecadação.
Em outubro, o resultado foi um superavit de R$ 9,9 bilhões.
"O resultado [desse mês foi] bem inferior. Eu já tinha dito que superavit de outubro seria alto, o de novembro mais fraco e o de dezembro seria um superávit bem positivo", disse o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin. "Então o resultado de novembro está dentro das expectativas. Da margem um pouco pior, mas dentro da ideia geral", completou.
Já o resultado no acumulado dos onze primeiros meses de 2012 foi positivo, com um superávit de R$ 60,387 bilhões.
"Falei e quero reiterar que em dezembro o resultado será positivo, dois dígitos com folga", completou o secretário.
Segundo ele, a meta do setor público será alcançada neste ano. Ainda que estados e municípios não consigam cumprir a meta, o governo conseguirá fechar o ano dentro das estimativas.