O governo bateu o martelo e o barril da cessão onerosa - quanto a Petrobras pagará por uma quantia de petróleo dada pela União - ficará em R$ 14,97 (US$ 8,50). O valor está exatamente no meio, entre o mínimo e o máximo sugerido nos laudos das consultorias contratadas pela ANP (Agência Nacional do Petróleo) e pela Petrobras para avaliar a área de Franco, que será cedida pela União à estatal dentro de seu processo de capitalização (venda de novas ações). O valor do barril entre R$ 8,8 (US$ 5) e R$ 10,5 (US$ 6) apresentado pela consultoria DeGolyer & Mc Naughton, contratada pela Petrobras, não se sustentou na apresentação técnica feita ontem em Brasília em reunião interministerial. Segundo uma fonte, o laudo aparentou um conservadorismo na análise de dados nunca antes considerado em outros projetos da estatal. Por outro lado, o laudo da consultoria Gaffney, Cline & Associates, contratado pela ANP, teria superestimado o volume das reservas contidas na área, num total de 6 bilhões de barris. Reavaliando os parâmetros utilizados nos dois laudos, a União reduziu o volume de reservas estimado da área para 4,5 bilhões de barris e ajustou o valor do barril para R$ 14,97 (US$ 8,50). A Petrobras teria resistido à decisão, mas acabou cedendo diante da ameaça de novo adiamento do processo de capitalização, caso houvesse necessidade de contratar uma terceira consultoria para balizar as análises. Técnicos da ANP também não cederam completamente ao valor de R$ 14,97 (US$ 8,50). Há uma tendência na reguladora a apresentar argumentações nos próximos dias que forcem o governo a aproximar esse valor dos R$ 17,6 (US$ 10). O diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, voltou a afirmar ontem que gostaria de um valor superior a R$ 14 (US$ 8).
Governo define os valores para barril no pré-sal
Decisão favorece cronograma de venda de novas ações da Petrobras até setembro
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