O governo federal aprovou a distribuição recorde de R$ 21 bilhões em dividendos da Petrobras, marcando uma mudança significativa na política de distribuição de lucros da estatal. A medida fortalece a posição financeira da empresa e contribui para os esforços fiscais do governo.
NOVA POLÍTICA DE DISTRIBUIÇÃ DE LUCROS: O anúncio, feito pelo procurador da Fazenda Nacional, Ivo Timbó, representante da União. A proposta, inicialmente rejeitada pelo governo em março, foi aprovada com o voto majoritário da União, indicando uma nova direção para a empresa.
QUAL A PROPOSTA? A proposta de distribuição dos 50% do lucro excedente de R$ 43 bilhões em 2024 representa uma medida crucial para fortalecer o fluxo de caixa da Petrobras e atender às demandas do mercado, além de contribuir significativamente para os esforços fiscais do governo.
Alexandre Pletes, chefe de renda variável da Faz Capital, ouvido pela Folha, destacou a importância desses dividendos para o governo, especialmente em vista da recente mudança na meta fiscal para 2025, visando um déficit zero.
"O governo é um dos principais beneficiários desses dividendos", destacou Alexandre Pletes, chefe de renda variável da Faz Capital. "Este fato é relevante considerando a recente mudança na meta fiscal para 2025, visando um déficit zero e a possível utilidade desses dividendos da Petrobras para ajudar a atingir esse objetivo".
Além disso, a assembleia de acionistas aprovou por ampla maioria a prestação de contas dos administradores, o relatório da administração e as demonstrações financeiras de 2024, sinalizando confiança na gestão da empresa.
ELEIÇÃO DO NOVO CONSELHO: A eleição do novo conselho de administração também está em andamento, com representantes do governo e investidores privados competindo por cadeiras cruciais. O governo, que historicamente deteve a maioria dessas cadeiras, apresentou uma lista com oito nomes, demonstrando sua influência direta sobre o colegiado.
Pietro Mendes, atual presidente do conselho, enfrentou desafios legais recentes, mas sua recondução ao cargo mostra a continuidade da liderança do governo no conselho. Os demais representantes do governo incluem figuras-chave do Ministério da Fazenda e do Ministério de Minas e Energia. As últimas duas vagas tendem a ser ocupadas pelos atuais membros do conselho, representando uma combinação de interesses minoritários e do setor financeiro.
Com informações da Folha