Governo ainda quer corte médio de 20% na energia em 2013

Entretanto, ministro não deu certeza de que meta será atingida. Mantega se disse “surpreso” com recusa de empresas em aceitar plano

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou nesta quarta-feira (5) que o governo ainda tentará viabilizar um corte médio de 20,2% no preço da energia elétrica em 2013, apesar da recusa das empresas Cesp (São Paulo), Cemig (Minas Gerais) e Copel (Paraná) em aceitar as condições do governo para participar do plano.

Com a decisão destas empresas em não aderir ao plano, o corte médio no preço da energia previsto para o próximo ano, até o momento, é de 16,7%. As três empresas que se recusaram a aceitar a proposta do governo são controladas por governos estaduais, todos administrados pelo PSDB, partido que faz oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff.

"Estamos estudando como viabilizar redução de 20%. É difícil (...) Teoricamente, o Tesouro Nacional pode entrar. Mas por enquanto, não há definição", declarou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, acrescentando que não pode "tudo ficar nas costas do governo federal".

"O governo tem limites para redução de tributos, principalmente os tributos permanentes", declarou o ministro da Fazenda, referindo-se à possibilidade de redução do PIS e da Cofins sobre a energia. "Tem de estar no orçamento do próximo ano e ter espaço fiscal. Não estamos tendo esse espaço. Não temos solução para o problema de tarifas. Temos assegurado [um recuo médio] de cerca de 17%", acrescentou Mantega.

Pela manhã, a presidente Dilma Rousseff afirmou, em discurso a empresários durante o 7º Encontro Nacional da Indústria, que o governo federal ?não recuará? da decisão de reduzir o preço da energia no Brasil.

"Surpreso"

Ele também se mostrou "surpreso" com a decisão da Cesp (São Paulo), da Cemig (Minas Gerais) e da Copel (Paraná) em não aceitar as condições propostas pelo governo federal.

"Queria dizer da minha surpresa. Os estados que mais vão se beneficiar com estas medidas. A população terá maior poder aquisitivo. Ficamos surpresos com essa falta de colaboração com esta medida tão importante para a economia brasileira e para todos. Não corresponde com a boa vontade do governo federal. Temos liberado crédito e espaço fiscal. Temos trabalhado para que ampliem os investimentos", declarou Mantega.

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