Gado magro é vendido apenas pela metade do preço devido estiagem

Por conta da Seca no semiárido piauiense, produtores estão tendo que vender animais.

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Camponeses ainda sofrem com os efeitos da seca, um deles é que produtores, para não verem animais morrendo de fome e sede acabaram por vender seus produtos, com queda de preço em 50%. Pequenos produtores temem que recuperação de seus rebanhos leve de 5 a 10 anos.

O secretário de Política Agrícola da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Piauí (Fetag-PI), Paulo Carvalho, lembra que as perdas com a estiagem atingiram a produção de norte a sul do Estado. Inclusive na região litorânea as perdas chegaram a 50%. Já no semiárido, a situação se agravou ainda mais com perdas até 90% tanto da agricultura, como da pecuária.

Paulo Carvalho conta que, no desespero, os criadores venderam seus animais por R$ 4,00 o quilo, sendo que em tempos normais o quilo do mesmo produto, chega a R$ 8,00. ?Quem tinha condição vendeu uma parte ou mandou para o Maranhão ou para outra parte do Piauí que ainda tinha pastagem, mas para os mais pobres não teve jeito, teve que vender a preço baixo mesmo, para não morrer de fome?, diz.

Quanto à venda subsidiada de grãos feita pela Conab, Paulo Carvalho conta que apesar de estar em todos os municípios os maiores problemas ainda são as grandes filas, pois ainda há muitas pessoas a serem atendidas. Dentre outros fatores, Paulo aponta que a lentidão que acaba aumentando a fila é por falta de equipamentos técnicos. ?Os grãos ainda são ensacados manualmente?, diz.

Segundo levantamento da Federação dos Trabalhadores da Agricultura no Piauí (Fetag-PI), os prejuízos totais com a seca somam 1 bilhão de reais. De acordo com documento realizado entre Igreja Católica e sociedade Civil ao Governo Estadual as perdas relacionadas ao rebanho somam 30% e na agricultura 95%.

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