O G20 dirá em seu comunicado que a economia global está melhorando e que ainda é cedo demais para dizer que superou a crise, antecipou à "Reuters" nesta sexta-feira (6) uma autoridade russa.
Líderes do G20 --que reúne economias desenvolvidas e emergentes que representam 90% da economia mundial e dois terços de sua população-- devem manter essencialmente o conteúdo divulgado por ministros das Finanças em julho.
O comunicado de então exigia que mudanças à política monetária têm que ser "cuidadosamente calibradas e claramente comunicadas."
Novos elementos vão se referir a uma iniciativa de crescimento proposta pela Austrália, que assume a presidência do G20 no próximo ano, uma proposta alemã de endurecer a regulação do chamado "sistema bancário sem regulação" e a ampliação do prazo para o controle do protecionismo comercial.
"Em comparação com o início da presidência russa, definitivamente houve uma mudança na avaliação, e isso está refletido no comunicado dos líderes", disse Andrei Bokarev, chefe do departamento de Relações Internacionais do Ministério das Finanças.
"Mas definitivamente é cedo demais para dizer que a crise foi superada e que será fácil a partir de agora."
Potências emergentes e desenvolvidas do G20 tiveram dificuldades para encontrar um ponto comum em relação aos problemas provocados pela perspectiva de o Estados Unidos reduzirem seu estímulo. Ainda assim, conseguiram produzir um documento "equilibrado", disse Bokarev.
O G20, que se uniu em resposta à crise global de 2009, agora enfrenta uma economia dos EUA que avança, com os países em desenvolvimento enfrentando problemas devido à perspectiva de redução do estímulo monetário pelo Federal Reserve.