O cineasta Walter Moreira Salles Junior foi indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro por ?Central do Brasil?, mas não ganhou a estatueta em 1998. Agora, seu nome recebe outro prêmio: ele aparece na lista dos bilionários da revista ?Forbes? como um dos mais ricos do mundo, sendo superado em riqueza por poucos nomes no estrelado mundo do cinema, como os diretores americanos George Lucas e Steven Spielberg.
Com uma fortuna estimada em US$ 2,6 bilhões (o equivalente a R$ 4,3 bilhões) no levantamento da revista americana, Walter Salles, que estudou Economia pela PUC-RJ e se graduou em comunicação audiovisual pela Universidade de Artes Cinematográficas do Sul da Califórnia, ocupa a 440ª posição entre os maiores bilionários do mundo. É o 17ª mais rico do Brasil.
George Lucas, criador da série ?Guerra nas Estrelas?, e Steven Spielberg, diretor de filmes como ?ET ? o extraterrestre? e a ?Lista de Schindler?, são donos das 347ª (US$ 3,2 bilhões) e 376ª (US$ 3 bilhões) das maiores fortunas do mundo, respectivamente. De hábitos simples, como andar de bicicleta com o filho pelas avenidas à beira-mar do Rio de Janeiro, o bilionário brasileiro dirigiu também os filmes "Abril Despedaçado" e "Diários da Motocicleta".
Mas, ao contrário de Lucas e Spielberg, que ganharam dinheiro dirigindo e produzindo filmes em Hollywood, Waltinho, como é conhecido pelos amigos, herdou sua riqueza da família.
Seu pai, o embaixador e ministro Walther Moreira Salles, foi o fundador do Unibanco, uma das maiores instituições financeiras do País. Em 2008, o Unibanco fundiu suas operações com o Itaú, criando o maior banco brasileiro de capital privado.
Falecido em 2001, quatro filhos do embaixador herderam o patrimônio: além de Walter Salles, o editor de livros Fernando, o banqueiro Pedro e o documentarista João. Pela primeira vez, os quatro irmãos ingressam na lista da ?Forbes?. Divididos em partes iguais segundo o levantamento da ?Forbes?, a riqueza da família Moreira Salles chega a US$ 10,4 bilhões, superado apenas pela fortuna do empresário Eike Batista (US$ 30 bilhões), do investidor Jorge Paulo Lemann (US$ 13,3 bilhões) e do banqueiro Joseph Safra (US$ 11,4 bilhões).