Tecnologia criada aqui, no Cear?, e que pode revolucionar o mercado de flores tropicais n?o s? do Estado, como do mundo. Assim espera o maior produtor local deste nicho, respons?vel por metade das exporta?es cearenses de flores tropicais, Estevam de Castro. O produtor, propriet?rio da Quinta das Flores Agroexportadora Ltda., criou um novo procedimento especial de p?s-colheita, que permitiu realizar, pela primeira vez no mundo, o com?rcio internacional do produto pela via mar?tima. A mudan?a poder?, al?m de ampliar os mercados para os exportadores cearenses, reduzir o pre?o da flor no mercado internacional.
Desde novembro, ele realiza as vendas externas por essa modalidade, que construiu em parceria com a institui??o holandesa Wageningen University. O investimento na novidade t?cnica foi de US$ 70 mil, e levou uma pesquisa de dois anos. ?Recife j? tentou exportar por navio, mas n?o deu, o teste foi um fracasso: n?o houve sobrevida. O setor de transporte ? a grande tecnologia do frete internacional?, informa Castro.
Premia??o na Europa
A inova??o foi de tal relev?ncia que garantiu a ele o Dutch Flower Award 2007, pr?mio outorgado pela maior empresa de floricultura da Europa (Dutch Flower Group), como o mais valioso fornecedor estrangeiro da empresa.
?Ganhei a comenda por desenvolver um sistema ?nico, e tamb?m pela qualidade dos produtos?, explica. ?Estamos abrindo um caminho imenso com a exporta??o via mar?tima. Isso vai abrir possibilidade para toda gama de flores tropicais produzidas no Cear?, aponta.
A grande vantagem do neg?cio est? no pre?o. Diferente das flores temperadas, que s?o consideradas no mercado internacional como commodities, sendo vendidas em d?zias, as flores tropicais s?o tidas como especiarias, sendo comercializadas por unidade. Desta forma, pelo frete a?reo ? o meio que ? utilizado atualmente ?, o pre?o para embarcar cada pe?a desta ? de US$ 0,22, o que representa, segundo Estevam de Castro, 30% do custo final do produto. Com a via mar?tima, este frete passou a custar apenas US$ 0,03, o que representa uma redu??o de 86%.
?Vai haver grande amplia??o de mercado e revolucionar a produ??o de flores tropicais no Estado. E vai causar impacto n?o s? no mercado local, mas no mundial. O pre?o destes produtos vai ficar mais acess?vel no mundo?, comenta o respons?vel pela novidade.
Atualmente, ele exporta cinco variedades diferentes de flores, com destaque para os anan?s (abacaxis ornamentais), que s?o esp?cies de brom?lias. A cada exporta??o, ele inclui uma variedade diferente de flor tropical. ?J? enviamos cinco de outra empresa com sucesso, inclusive variedades de helic?nias, que os pernambucanos n?o conseguiram?, diz.