Em 2011, novas medidas foram instituídas pelo Ministério da Fazenda e elas tinham como foco tentar estimular o crescimento econômico com o corte de impostos e tributos.
A partir disso, desde dezembro do ano retrasado, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) foi reduzido. Mas este ano chegou com uma série de mudanças que mexeram diretamente com o bolso do consumidor.
As melhores notícias foram o aumento do salário mínimo e a redução da conta de luz. Já as que pesaram um pouco mais na renda dos consumidores foram a alta dos combustíveis e a redução deste desconto do IPI dos carros, linha branca, móveis e material para construção.
A previsão era de que a medida fosse encerrada no dia 31 de dezembro de 2012, mas em alguns produtos ela ainda permanecerá até junho de 2013.
Mesmo com esta permanência, o fim do desconto começou a aparecer em janeiro deste ano, e no caso da linha branca (fogão, lavadoras, micro-ondas e geladeiras) os preços voltaram ao normal no mês passado.
De forma geral, o valor do tributo que voltou foi menor que o de antes da proposta de redução, o que não tem afetado significantemente as vendas na capital piauiense.
Bernardo Costa, gerente de uma loja em Teresina que vende estes produtos, afirma que o fim da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a chama linha branca já era previsto e que muitas lojas conseguem segurar o fim desta proposta por um tempo, mesmo assim, isso não afetará as vendas. ?Sabíamos que a redução não ia durar para sempre.
Quem comprou com a redução do IPI se deu bem, quem não comprou vai se dar bem, também?, informa Bernardo garantindo que as vendas continuam aquecidas e que se as promoções ocorrerem neste setor, não serão devido ao fim da redução.
?Por enquanto, as pessoas estão consumindo como se não tivesse acabado, elas não estão preocupadas, porque o preço continua muito bom?, explica. Além disso, independente do fim da redução do IPI, o valor das mercadorias da loja que Bernardo gerencia baixou. ?As próprias fábricas costumam fazer redução dos seus preços para que o revendedor baixe o preço para o seu consumidor?.
Lojas do centro registram retração após o carnaval
Outro gerente de loja em Teresina que já esperava pelo fim do desconto através da redução do IPI, e também não notou a diferença de preços nos produtos é Ronaldo Câmara.
"O imposto tinha zerado e não deve passar de 2%. Não notamos diferença nos preços dos produtos e nem tivemos redução de vendas, os preços até baixaram". Ronaldo associa a necessidade de diminuir os preços ao fato de o mês de março sempre ter uma queda significativa nas vendas.
"Neste período as pessoas estão retornando do carnaval com muitos gastos e economizando para a Semana Santa, por isso elas deixam de comprar neste mês, mas nada relacionado ao fim da redução do IPI e sim pelo recesso, já que, às vezes, elas nem sabem que houve o fim da redução", conclui.
Não há dúvidas que, mesmo com a volta do IPI nos produtos de linha branca, as vendas neste setor não passaram por mudanças drásticas, já que os preços, segundo os próprios gerentes, continuam os mesmos.